quarta-feira, 8 de junho de 2011

Orlando Ribeiro. Cadernos de Campo. Guiné 1947: «O Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEAUP) lançou na BNP, o primeiro livro da «Colecção Experiências de África», uma iniciativa editorial para divulgar fontes portuguesas sobre sociedades africanas. De Outubro de 2011 a Fevereiro de 2012, uma Exposição evocativa do mais importante geógrafo nacional, pensador humanista e homem de intervenção cívica»


Cortesia de bnp 

O Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEAUP) lançou ontem, na BNP, o primeiro livro da «Colecção Experiências de África», uma iniciativa editorial para divulgar fontes portuguesas sobre sociedades africanas.

Este primeiro livro é uma edição crítica do caderno de campo de uma missão à Guiné realizada em 1947 por Orlando Ribeiro, cujo centenário se comemora este ano. Esta publicação iniciará uma série com os cadernos de campo inéditos que estão a ser reorganizados com a colaboração da sua viúva, a Prof.ª Suzanne Daveau.

Cortesia de orlandoribeiro 

Neste ano do centenário de Orlando Ribeiro (1911-1997), a BNP realizará, de Outubro de 2011 a Fevereiro de 2012, uma Exposição evocativa do mais importante geógrafo nacional, pensador humanista e homem de intervenção cívica que marcou o século XX português». In BNP.

Orlando Ribeiro, 1911-1997
«Essencialmente dedicado ao ensino e investigação em Geografia, Orlando Ribeiro é considerado o renovador desta ciência no Portugal do século XX, e o geógrafo português com mais ampla projecção a nível internacional. No entanto, a sua vasta obra, produzida a par da longa e intensa carreira como professor e investigador universitário, abarca muito mais do que avanços científicos na Geografia, e revela uma diversidade de interesses e intervenções que desenham uma invulgar geografia intelectual.

Cortesia de orlandoribeiro
Cidadão interveniente e profícuo prosador sobre muitos outros temas como a ciência, o ensino e a universidade, as reformas educativas ou os problemas coloniais, Orlando Ribeiro usou sempre de uma frontalidade que, se não diminuía o respeito científico que lhe era reconhecido, também nunca facilitou as suas relações com os órgãos de decisão, desde o Estado Novo ao período pós 25 de Abril. Por muito tempo teve, como resposta às suas opiniões, um invariável silêncio. Contrastando com o precoce reconhecimento a nível internacional, a difusão da sua obra e as honras oficiais, no seu próprio país, surgiram muito tardiamente». In sítio de Orlando Ribeiro.

Cortesia de BNP/Orlando-Ribeiro/JDACT