Aquele Continente Encantado nos Céus, Terra de Eterno Mistério! Gostaria de ver aquela terra além do Pólo (Norte). Aquela área além do Pólo é o Centro do Grande Desconhecido! In Richard Byrd
A Descoberta do almirante Byrd
«(…)
Palmer conclui que esta nova área de terras, que Byrd descobriu e que não está
em qualquer mapa, existe dentro e não no lado de fora da Terra, uma vez que a
geografia do lado de fora é muito bem conhecida, enquanto a de dentro (do interior
da depressão polar) é desconhecida.
Aquela foi a razão pela qual Byrd a chamou de a Grande Desconhecida. Depois de discutir a significância do
uso, por Byrd, dos termos além
em vez de através dos
Pólos, para o outro lado das regiões Ártica e Antártica, Palmer conclui que o
que Byrd mencionou foi uma área de terras
desconhecidas, dentro da concavidade polar e se comunicando com o
interior mais (incute da Terra, o que explica sua vegetação e vida mimai.
Ela é desconhecida porque não
está na superfície externa da Terra e por isso não é registada em qualquer
mapa. Escreve Palmer:
Em Fevereiro de 1947, o almirante Richard E. Byrd, que é o homem que mais contribuiu para tornar conhecida a área do Pólo Norte, fez a declaração seguinte: Gostaria de ver a terra além do Pólo. Aquela área além do Pólo é o centro do grande desconhecido. Milhões de pessoas leram esta declaração nos jornais. Milhões se emocionaram com os vôos subsequentes do almirante ao Pólo e a um ponto 2.730 quilómetros além dele. Milhões ouviram as descrições do vôo, irradiadas e também publicadas nos jornais. Que terra era esta? Olhe no seu mapa. Calcule a distância de todas as terras conhecidas, que mencionamos antes (Sibéria, Spitzbergue, Alasca, Canadá, Finlândia, Gronelândia e Islândia). Uma boa porção delas está bem dentro do alcance de 2.730 quilómetros. Entretanto, nenhuma parte delas está a 320 quilómetros do Pólo. Byrd não voou sobre terra conhecida. Ele próprio a chamou a grande desconhecida. Grande ela o é na verdade! Pois depois de 2.730 quilómetros sobre terra, quando foi obrigado a voltar, em virtude das limitações do seu suprimento de gasolina, não tinha chegado ao seu fim! Ele devia estar de volta à civilização, mas não estava. Devia ter visto apenas oceanos cobertos de gelo, ou no máximo oceanos parcialmente desobstruídos. Ao contrário, estava sobre montanhas cobertas por florestas! Florestas! Incrível! O extremo limite norte das terras de florestas está localizado bem para baixo, no Alasca, Canadá e Sibéria. Ao norte daquele limite nenhuma árvore existe! Em toda a volta do Pólo Norte, não existem árvores dentro de um raio de 2.730 quilómetros!
Que temos aqui? Temos o vôo bem autenticado do almirante Richard E. Byrd a uma terra além do Pólo, que ele tanto desejava ver porque era o centro do grande desconhecido, o centro do mistério. Aparentemente, o seu desejo foi satisfeito ao máximo e, todavia, hoje esta terra misteriosa não é mencionada em qualquer lugar. Por quê? Foi aquele vôo de 1947 uma ficção? Mentiram todos os jornais? Mentiu o rádio do avião de Byrd?
Não, o almirante Byrd voou além do Pólo. Além? Que quis dizer o almirante quando usou aquela palavra? Como é possível ir além do Pólo? Façamos algumas considerações. Imaginemos que fomos transportados, por algum meio miraculoso, ao ponto exacto do Pólo Magnético Norte. Chegamos lá, instantaneamente, sem saber de que direcção viemos. Tudo o que sabemos é que devemos seguir do Pólo para Spitzbergue. Que direcção tomamos? Para o sul, naturalmente! Mas, que sul? Todas as direcções, a partir do Pólo Norte, vão para o sul! Este é na realidade um problema simples de navegação. Todas as expedições ao Pólo, quer as de avião, de submarino ou a pé tiveram que enfrentar este problema. Ou têm de retornar sobre as suas pegadas ou descobrir que direcção sul é a que devem tomar para chegar onde quer que tenha sido determinado. O problema é solucionado tomando qualquer direcção e nela continuando por cerca de 30 quilómetros. Então se pára, determina-se a posição pelas estrelas e se a correlaciona com a bússola (que então já não aponta para baixo, mas em direcção ao Pólo Norte Magnético) traçando então o nosso curso no mapa. É então simples seguir para Spitzbergue, dirigindo-se para o sul. O Almirante Byrd não seguiu este procedimento tradicional de navegação. Quando alcançou o Pólo continuou por 2.730 quilómetros. De toda maneira, continuou num curso para o norte, depois de cruzar o Pólo. E, fantasticamente, consta dos registos que o conseguiu, ou não teria visto aquela terra além do Pólo, a qual, até hoje, se esquadrinharmos os registos dos jornais, livros, rádios e televisão, e os verbais, jamais foi visitada outra vez! Aquela terra, nos mapas de hoje, não pode existir. Entretanto, como ela existe, a única conclusão possível é a de que os mapas de hoje são incorrectos, incompletos e não representam a situação verdadeira do Hemisfério Norte. Assim, tendo localizado uma grande massa de terra no Norte, inexistente nos mapas de hoje, nina terra que é o centro do grande desconhecido, isto só pode ser interpretado como significando que os 2.730 quilómetros de extensão, atravessados por Byrd, são apenas uma parte dela».
In Raymond Bernard, A Terra Oca, 2008, Editorial Minerva, 2008, ISBN 978-972-591-725-1.
Cortesia de EMinerva/JDACT
JDACT, Raymond Bernard, Mistério, Terra, Literatura,