Aquele Continente Encantado nos Céus, Terra de Eterno Mistério! Gostaria de ver aquela terra além do Pólo (Norte). Aquela área além do Pólo é o Centro do Grande Desconhecido! In Richard Byrd
A Descoberta do almirante Byrd
«(…) Em volta dos quatro lados do
oásis, que era de forma aproximadamente quadrada, Bunger viu neve e gelo
brancos, eternos e sem fim. Dois dos lados do oásis se elevavam a quase trinta
metros da altura e consistiam de grandes paredões de gelo. Os outros dois
tinham um declive mais suave e gradual. A existência de um tal oásis, na
longínqua Antártica, uma terra de gelo perpétuo, indicaria condições mais
quentes, que existiriam se o oásis estivesse na abertura polar sul, que leva ao
interior mais quente da terra, como no caso dos territórios mais quentes, com
terra e lagos, que o Almirante descobriu além do Pólo Norte, e que estavam,
provavelmente, dentro da abertura polar norte. De outra maneira, não se pode
explicar a existência de um tal oásis, de território não gelado, no meio do
continente Antártico, com quilómetros de espessura de gelo. O oásis não podia
ser o resultado de actividade vulcânica, porque sua área era de cerca de
setecentos e setenta quilómetros quadrados, demasiado grande, portanto, para
ser afectada pelo calor vulcânico. Uma melhor explicação é a de correntes de ar
quente vindas do interior da Terra.
Assim, Byrd no Ártico e Bunger na
Antártica, fizeram ambos descobertas semelhantes, de áreas de terras mais
quentes, além dos Pólos, mais ou menos na mesma época, no princípio de 1947.
Entretanto, eles não foram os únicos a fazerem tal descoberta. Há algum tempo
um jornal de Toronto, no Canadá, The
Globe and Mail, publicou uma fotografia de um vale verde, tirada por
um aviador, na região ártica. Evidentemente, o aviador fotografou do ar e não
tentou aterrar. O aviador deve ter ido além do Pólo Norte, no interior do mesmo
território mais quente que o Almirante Byrd visitou, e que fica dentro da
abertura polar. Esta fotografia foi publicada em 1960. Como confirmações
adicionais da descoberta de Byrd, há relatos de indivíduos que afirmaram terem
entrado pela abertura polar norte, como muitos exploradores árticos o fizeram
sem o saber, e penetrado longe o bastante por ela até alcançar o Mundo
Subterrâneo, no interior oco da Terra. O dr. Nephi Cottom, de Los Angeles,
declarou que um dos seus pacientes, um homem de ascendência nórdica, lhe contou
a história seguinte:
Vivia
perto do Círculo Ártico, na Noruega. Num Verão, eu e um amigo resolvemos fazer
uma viagem de barco juntos, e ir tão longe quanto pudéssemos para o norte.
Assim, armazenamos provisões de boca para um mês, num pequeno barco de pesca, e
nos fizemos ao mar, com vela e também com um bom motor de popa. No fim de um
mês tínhamos viajado bem longe, para o norte, além do Pólo e numa estranha e
nova região. Ficámos muito espantados com o clima de lá. Quente, e às vezes as noites
eram tão cálidas que quase não se podia dormir. (Exploradores árticos que foram
ao norte longínquo têm feito narrativas semelhantes, de clima quente, às vezes
o bastante para fazer com que tirem suas roupas mais pesadas, o Autor). Depois,
vimos algo tão estranho que ficamos ambos assombrados. Em frente do mar aberto
e quente, em que estávamos, vimos o que parecia uma grande montanha. Naquela
montanha, num determinado ponto, o oceano parecia estar desembocando. Confusos,
continuamos naquela direcção e rios encontramos navegando num vasto e profundo
vale, que levava para o interior da Terra. Continuamos navegando e vimos então
o que nos surpreendeu ainda mais, um sol brilhando dentro da Terra! O oceano,
que nos tinha levado para dentro do interior oco da Terra, gradualmente
transformou-se num rio. O rio ia, como descobrimos mais tarde, através de toda
a superfície interna do mundo, de uma extremidade à outra. Ele pode ir, se se o
segue toda a vida, do Pólo Norte até ao Pólo Sul. Vimos que a superfície
interna da terra é constituída, como a outra o é, de terra e água. Há
abundância de luz solar e muita vida, tanto animal quanto vegetal. Navegamos
mais e mais, para dentro desta região fantástica, fantástica porque tudo era de
tamanho grande em comparação com as coisas do lado de fora. As plantas são
grandes, as árvores enormes e, finalmente, chegamos até aos gigantes. Eles
viviam em lares e cidades, da mesma maneira como o fazemos na superfície da
Terra. Usavam um tipo de condução eléctrica, semelhante a um monotrilho, para transportar
as pessoas. Corria ao longo das margens do rio, de cidade para cidade. Vários
dos habitantes do interior da Terra, gigantes enormes, descobriram nosso barco
no rio e ficaram muito surpresos. Entretanto, foram bastante amistosos. Fomos convidados
a jantar com eles, nos seus lares, e assim separei-me do meu companheiro, seguindo
ele com um gigante para o lar deste, e eu indo para a casa de outro gigante. Meu
amigo gigantesco me levou para a sua casa, apresentou-me a sua família, e
fiquei completamente aterrorizado ao ver o tamanho enorme de todos os objectos
do seu lar. A mesa de refeições era colossal. Foi posto na minha frente um
prato com uma quantidade tão grande de comida que poderia me alimentar,
abundantemente, por uma semana. O gigante me ofereceu um cacho de uvas e cada
uva do tamanho de um dos nossos pêssegos. Provei uma e achei bem mais doce do
que qualquer uma que tivesse comido do
lado de fora. No interior da Terra todos os frutos e hortaliças são
bem mais gostosos e saborosos do que os que temos na superfície externa da
Terra. […] In
Raymond Bernard, A Terra Oca, 2008, Editorial Minerva, 2008, ISBN
978-972-591-725-1.
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