Cortesia da SCMSantarém
«A construção da Igreja da Misericórdia, em meados do séc. XVI, ocorreu por especial empenho da rainha D. Catarina, regente pelo seu neto, D. Sebastião. A obra, assinada por um dos mais importantes arquitectos portugueses quinhentistas, Miguel Arruda, arquitecto da Casa Real, foi morosa e a sua conclusão deu-se apenas no período filipino.
Cortesia da SCMSantarém
Recebendo já as influências da Contra-Reforma, a igreja revela no seu interior o «mais impressionante dos espaços arquitectónicos do séc. XVI em Santarém». É um exemplo perfeito de igreja-salão, de soberbas proporções, com três naves, todas à mesma altura, com abóbadas de nervuras cruzadas, iluminadas por seis janelas rectangulares e sustentadas por dez colunas toscanas, decoradas com brutescos, elementos que conferem a estrutura espacial e monumentalidade ao conjunto.
Cortesia da SCMSantarém
A igreja foi originalmente pavimentada com ladrilho de barro rubro, que seria substituído, no primeiro quartel do séc. XVIII, pelo actual lajedo. Outras alterações, prejudiciais à harmonia original, foram introduzidas: o coro tardio, obra neo-clássica, que diminui o espaço interior ao aglutinar duas colunas e a substituição do retábulo maneirista por outro oitocentista de menos feliz execução.
Cortesia da SCMSantarém
Nada subsiste da fachada quinhentista. A actual, seccionada em termos verticais, com pórtico, três janelões ornados com conchas, festões, frisos de ábacos e outros elementos, e frontão golpeado, denuncia as campanhas subsequentes ao terramoto de 1755». In SCMSantarém
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Cortesia da Santa Casa da Misericórdia de Santarém/JDACT