domingo, 14 de novembro de 2010

Machu Picchu: A «velha montanha», também chamada «cidade perdida dos Incas», é uma cidade localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, actual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. Uma das 7 maravilhas do Mundo

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Machu Picchu, «velha montanha», também chamada «cidade perdida dos Incas», é uma cidade  localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, actual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.
Consta de 2 grandes áreas:
  • a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos;
  • a urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a histórica inca, tudo planeado para a passagem do deus Sol.



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O lugar foi elevado à categoria de Património Mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interacção com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.
Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu.  A mais evidente afirma que foi construído com o objectivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas, com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque. Como afirmei anteriormente, pela obra humana e pela localização geográfica, Machu Picchu é considerada Património Mundial pela UNESCO. A 7 de julho de 2007, em Lisboa, o monumento foi eleito e considerado oficialmente como uma das 7 maravilhas do Mundo.

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A área edificada em Machu Picchu é de 530 m de comprimento por 200 m de largura e inclui ao menos 172 recintos. As duas zonas estão separadas por um muro, um fosso e uma escadaria, elementos que correm paralelos pela face leste da montanha.
 A zona sagrada é o conjunto de construções dispostas em torno de um pátio quadrado. Todas as evidências indicam que o lugar estava destinado a diferentes rituais. Inclui dois dos melhores edifícios de Machu Picchu, formados por rochas trabalhadas de grade tamanho:
  • O Templo das Três Janelas, cujos muros de grandes blocos poligonais foram ensam postos como um quebra-cabeças; 
  • O Templo Principal, de blocos mais regulares, que se crê que foi o principal recinto cerimonial da cidade. Junto está a casa do sacerdote, ou câmara dos ornamentos.



A estrutura connhecida como Templo Principal
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Trata-se de uma colina cujos lados foram convertidos em terraços, tomando a forma de uma grande pirâmide de base poligonal. Inclui duas escadas de acesso, ao norte e ao sul, sendo esta última especialmente interessante por estar talhada numa só rocha. No alto, rodeada de construções da elite, encontra-se a pedra Intihuatana, «onde se amarra o Sol», um dos objectos mais estudados de Machu Picchu, que foi relacionado com uma série de lugares considerados sagrados a partir do qual se estabelecem claros alinhamentos entre acontecimentos astronómicos e as montanhas circundantes

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Quase todos os edifícios são de planta rectangular. Há os de uma, duas e até oito portas, normalmente num dos lados maiores do retângulo. Existem poucas construções de planta curva e circular.
São frequentes as construções chamadas huayranas. Estas só possuem 3 muros. Neste caso, no espaço do «muro faltante» aparece uma coluna de pedra para sustentar uma viga de madeira que serve de suporte ao tecto.
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As construções normalmente seguem o esquema das «kanchas», ou seja, 4 construções rectangulares dispostas em torno de um pátio central, unidos por um eixo de simetria transversal. A este pátio dão todas as portas.
Há evidências de que estas construções, que são maioria em Machu Picchu, estiveram recobertas com uma camada de argila e pintadas, em amarelo e vermelho, embora a desintegração precoce dos tectos as tornaram vulneráveis à chuva, frequente da região.

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De pedra cuidadosamente lavrada nas construções de elite. São blocos de granito, sem brilho e perfeitamente talhados em forma de prismas rectangulares, paralelepípedos como os tijolos, ou poligonais. As faces exteriores podem ser almofadadas, i.e., com protuberâncias, ou perfeitamente lisas. Nesses casos, a união dos blocos parece perfeita e permite supor que não têm nenhum tipo de argamassa. De facto é uma fina capa de material aglutinante que se encontra entre pedra e pedra embora seja invisível por fora. O esforço dessas realizações numa sociedade sem ferramentas de ferro, somente conheciam o bronze, muito menos rígido, é notável.

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Não se conservou nenhum tecto original, porém há consenso em afirmar que a maioria das construções o tinham, de duas ou quatro águas. Houve um tecto cónico sobre o torreon e era formado por uma armação de troncos de Alnus acuminata amarrado e coberto por camadas de Stipa ichuun. A fragilidade desse tipo de palha e a elevada pluviosidade da região fez com que os tectos tivessem uma inclinação até 63º. Deste modo, a altura dos tectos muitas vezes duplicava a altura do resto do edifício.

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Como é clássico na arquitectura Inca, a maioria das portas, janelas e nichos, chamados falsas janelas, têm forma trapezoidal, mais larga na base que no topo. A trave superior podia ser de madeira ou de pedra. As portas dos recintos mais importantes eram duplas e nalguns casos incluíam um mecanismo de encerramento interior.

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Cortesia de wikipédia/UNESCO/JDACT