«Quando fez 30 anos, Elizabeth Gilbert tinha tudo o que uma mulher americana formada e ambiciosa podia querer: um marido, uma casa, uma carreira de sucesso. Mas em vez de estar feliz e preenchida, sentia-se confusa e assustada. Depois de um divórcio infernal e de uma história de amor fulminante acabada em desgraça, Gilbert tomou uma decisão determinante: abdicar de tudo, despedir-se do emprego e passar um ano a viajar sozinha. Comer na Itália, Orar na Índia e Amar na Indonésia é uma micro-autobiografia desse ano. O projecto de Elizabeth Gilbert era visitar três lugares onde pudesse desenvolver um aspecto particular da sua natureza no contexto de uma cultura que tradicionalmente se destacasse por fazê-lo bem. Em Roma, estudou a arte do prazer, aprendeu a falar italiano e engordou os 23 quilos mais felizes da sua existência. Reservou a Índia para praticar a arte da devoção. Com a ajuda de um guru nativo e de um cowboy do Texas surpreendentemente sábio, Elizabeth empenhou-se em quatro meses de exploração espiritual ininterrupta. Em Bali, aprendeu a equilibrar o prazer sensual e a transcendência divina. Tornou-se aluna de um feiticeiro nonagenário e apaixonou-se da melhor maneira possível, inesperadamente». In Sinopse
«Eu queria que o Giovanni me
beijasse. Ah, mas são tantos os motivos que fariam disso uma péssima ideia...
Para começar, Giovanni é dez anos mais novo do que eu, e, como a maior parte
dos rapazes italianos de vinte e poucos anos, ainda mora com a mãe. Só esses
dois factos já fazem dele um parceiro romântico improvável para mim, já que sou
uma americana de trinta e poucos anos que trabalha, acaba de passar por um
casamento falido e por um divórcio arrasador e interminável, imediatamente
seguido por um caso de amor apaixonado que terminou com uma dolorosa ruptura.
Todas essas perdas, uma atrás da outra, deixaram em mim uma sensação de
tristeza e fragilidade, e a impressão de ter mais ou menos 7 mil anos de idade.
Por uma simples questão de princípios, eu não imporia essa minha pessoa desanimada,
derrotada e velha ao adorável, inocente Giovanni. Sem falar que eu finalmente
havia chegado à idade em que uma mulher começa a questionar se a maneira mais
sensata de superar a perda de um lindo rapaz de olhos castanhos é mesmo levar outro
para sua cama imediatamente. É por isso que já faz muitos meses que estou sozinha.
É por isso, na verdade, que decidi passar este ano inteiro sozinha. Diante do
que o observador mais arguto poderá perguntar: então porque veio para Itália?
Cortesia de BertrandE/JDACT
JDACT, Elizabeth Gilbert, Literatura, Itália, Indonésia, Índia,