sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada. Laurence Gardner. «Aparentemente, como o leite de mães naturais contém a enzima telomerase, a recentemente chamada enzima da imortalidade…»

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A Pedra do Paraíso. Doadora de Vida

«(…) Porém, o mfkzt certamente melhorou suas vidas de algum modo e muito provavelmente estendeu a sua expectativa de vida para além do comum. A esse respeito, ele é similar à enigmática Fonte da Juventude dos romances populares da Idade Média. Com esse conceito presente, a lógica da associação de Hathor com o Templo de Serâbit se torna clara, pois ela própria era vista como doadora de vida. Para os egípcios, Hathor representava a deusa babilónica Ishtar e tinha atributos de maternidade similares aos de Ísis, a Grande Mãe. Hathor era definida como Rainha do Oeste e Senhora do Mundo Subterrâneo, para onde se dizia que ela carregava aqueles que conheciam os feitiços certos. Ela era a venerada protectora das mulheres, a dama do sicómoro; a dama da turquesa, deusa do amor, dos túmulos e da canção. Era do leite de Hathor que os faraós supostamente ganhavam a sua divindade, tornando-se eles próprios deuses. Diziam que eles se alimentavam do leite de Hathor, assim como os reis babilónicos se alimentavam do leite de Ishtar.

Aparentemente, como o leite de mães naturais contém a enzima telomerase (a recentemente chamada enzima da imortalidade), o mfkzt (o leite simbólico de Hathor) devia, de alguma maneira, aumentar a produção dessa enzima. De facto, cientistas modernos descreveram a telomerase como a fonte da juventude. Como relatado na revista Science, junto com relatos de estudos da equipa e os do Centro Médico Sudoeste da Universidade do Texas, determinou-se que a telomerase possui raras propriedades antienvelhecimento. Células corporais saudáveis são programadas para se dividir muitas vezes durante a vida, mas esse processo de divisão e replicação é finito, de forma que um estado de não-divisão acaba por ser atingido. O potencial de divisão é controlado por borlas no final dos cordões de DNA (como as pontas de plástico em cadarços de ténis); essas borlas são os telómeros. Quando cada célula se divide, um pedaço de telómero se perde. O processo de divisão cessa quando os telómeros se reduzem a um comprimento óptimo e crítico.

Não há replicação de novas células e tudo o que se segue é a deterioração, o envelhecimento. Experiências de laboratório com amostras de tecido provaram que a aplicação da enzima genética telomerase pode prevenir o encurtamento dos telómeros quando da divisão e da replicação das células. Dessa forma, as células podem continuar a se dividir muito além de sua programação naturalmente restrita (assim como células cancerosas, que conseguem a imortalidade por serem ricas nessa substância). A telomerase não aparece normalmente em tecido corporal normal, mas, além de estar presente em tumores malignos, também é aparente em células reprodutivas masculinas maduras e femininas em desenvolvimento. Parece, portanto, que em algum lugar dentro de nossa estrutura de DNA (presumivelmente no que comumente se chama junk DNA) está a habilidade genética de produzir essa enzima anti-envelhecimento, mas o potencial de alguma forma foi desviado. Como recentemente mencionado por Robert F. Newbold, do Departamento de Biologia e Bioquímica da Universidade Brunel, de Londres, o isolamento (clonagem molecular) desse gene possibilitará a determinação de sua delicada integridade estrutural numa ampla variedade de doenças humanas malignas; portanto, possibilita o estabelecimento de seu papel como alvo importante na desaceleração no desenvolvimento do câncer humano». In Laurence Gardner, Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada, Editora Madras, 2004, ISBN-978-857-374-901-4.

Cortesia de EMadas/JDACT

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