Em cima, na imagem, encontram-se duas mãos, que representam a multiplicação de 9 por 4. Como é que isso se faz? Contar pelos dedos, hoje em dia já não é uma regra, o avanço tecnológico «não permite», dizem, tal atrevimento. No entanto, em «eras» referentes ao passado, por exemplo na Idade Média, na Universidade ensinava-se como efectuar, com os dedos, cálculos longos e por vezes complexos. Se as adições são perceptíveis e por isso mesmo, evidentes, já o mesmo não se pode dizer das multiplicações.
Vejamos, então, como se faz a multiplicação representada em cima que, curiosamente, era a mais fácil de todas, a multiplicação por nove: Enumeramos os dedos das duas mãos abertas, começando pelo dedo mindinho da mão esquerda. Dobramos o dedo correspondente ao número pelo qual queremos multiplicar nove (neste caso, n = 4).
Deste modo, dobramos o dedo número quatro. Que obtemos? O valor 9 x 4. À esquerda do dedo dobrado há tantas dezenas quantos os dedos (neste caso 3 x 10 = 30) e à direita do mesmo dedo dobrado há tantas
unidades quantos os dedos (neste caso 6). Que se faz agora? A seguinte adição: 30 + 6 = 36. De facto,
9 x 4 = 36.
Experimentem com outro qualquer dedo. «A Ciência pode ser encarada sob dois aspectos diferentes: ou se olha para ela tal como vem exposta nos livros de ensino, como coisa criada, e o aspecto é o de um todo harmonioso, onde os capítulos se encadeiam emordem, sem contradições, ou se procura acompanhá-la no seu desenvolvimento progressivo, assistir à maneira como fo i sendo elaborad a, e o aspecto é totalmente diferente. Descobrem-se hesitações, dúvida s, con tra dições, qu e só um longo trab alho de reflexão e apuramento consegue eliminar, para que logo surjam outras h esita ções, outras dúvidas, outras contradições». In Bento de Jesus Caraça.
Com a colaboração do amigo Armando Araújo, um «notável» em Artes Gráficas, começo a publicar algumas noções de Matemática.
JDACT/Com a colaboração de AA
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