terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Os selos 2008 dos CTT: Priolo - Açores. «... ocorre principalmente na área de vegetação nativa onde ainda encontra as plantas que lhe fornecem alimento, como o Azevinho e a Uva-da-serra. O Priolo é actualmente considerado o passeriforme mais ameaçada da Europa»

Cortesia dos CTT

Com a devida vénia aos CTT

Priolo - Açores 
«O Priolo é uma ave endémica de São Miguel. Em todo o mundo o Priolo apenas pode ser encontrado nesta ilha, na área mais oriental e montanhosa, concelhos de Povoação e Nordeste, encontrando-se entre as aves mais ameaçadas do Mundo, com uma população estimada inferior a 400 aves.
O Priolo é uma espécie protegida pela Directiva Europeia das Aves estando incluída em várias listas de animais ameaçados, quer ao nível nacional (Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal), quer ao nível internacional (IUCN Red List of Threatened Animals), razão pela qual foi criada a Zona de Protecção Especial (ZPE) Pico da Vara/Ribeira do Guilherme (Sítio da Rede Natura 2000), que abrange toda a área de distribuição da espécie, visando a sua protecção e conservação. A BirdLife International considera o Priolo como uma espécie «globalmente ameaçada de extinção». O Priolo é actualmente considerado o passeriforme mais ameaçada da Europa.


Cortesia dos CTT 
Na área da ZPE ocorrem vários habitats de interesse comunitário incluídos na Directiva Habitats, salientando-se as Laurissilvas Macaronésicas, que constituem o habitat preferencial do Priolo. Este tipo de habitats encontra-se actualmente extremamente ameaçado, estando reduzidos a bolsas de vegetação em zonas montanhosas de maior altitude no leste da ilha. Várias destas espécies vegetais são endémicas dos Açores e estão elas próprias ameaçadas (ex: Ginja-do-mato, Sanguinho, Cedro-do-mato).
O Priolo ocorre principalmente na área de vegetação nativa onde ainda encontra as plantas que lhe fornecem alimento, como o Azevinho e a Uva-da-serra. Esta vegetação representa apenas 20% da área total da ZPE (perto de 1000 ha) estando extremamente ameaçada pela progressiva invasão de diversas espécies de plantas exóticas, sendo as mais agressivas: a Cletra, a Conteira, o Incenso e o Gigante. Se não fossem tomadas medidas, a expansão destas espécies resultaria a curto prazo no desaparecimento das últimas manchas de floresta nativa e consequentemente na extinção do Priolo.


Cortesia dos CTT
O Projecto LIFE Priolo iniciado em 2003 tem como objectivo criar as condições necessárias para evitar a extinção do Priolo. O Projecto, financiado pelo Programa LIFE da Comissão Europeia e por fundos do Governo Regional dos Açores, é coordenado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves que tem como parceiros a Câmara Municipal do Nordeste, a Universidade dos Açores, a Direcção Regional dos Recursos Florestais, a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar e a Royal Society for the Protection of Birds (Birdlife no Reino Unido).


Cortesia dos CTT
Todos trabalham com o objectivo de recuperar o habitat do Priolo, a floresta de Laurissilva, controlando a expansão das plantas prejudicais e permitindo à floresta nativa recuperar, para desta forma aumentar os recursos alimentares para o Priolo e assim evitar o seu desaparecimento». In CTT

Cortesia dos CTT/JDACT