quinta-feira, 21 de abril de 2011

Isidora Dolores Ibárruri: A Passionária. ««Mais vale morrer em pé do que viver de joelhos. No pasarán. Defendeu com afinco a democracia e, principalmente, a melhoria da condição feminina»

(1895-1989)
Gallarta, País Basco
Cortesia de wikipedia

Isidora Dolores Ibárruri Gómez, também conhecida como «A Passionária» foi líder comunista espanhola. Pertencia a uma família de mineiros. Estudou até aos 15 anos, não conseguindo realizar o seu sonho de ser professora, porque os pais não tinham meios de lhe pagar os estudos. Viu-se obrigada a trabalhar numa loja de costura e, mais tarde, como empregada de limpezas, até se casar.
No ano de 1918 escreveu o seu primeiro artigo no jornal «El Minero Vizcaino», assinando com o pseudónimo «La Pasionaria» que a acompanharia até à morte. Dolores tinha um gosto especial pela literatura, lendo, dum modo particular as obras de Karl Marx.

Cortesia de historiasdemulheres 
Em Abril de 1920 participou na fundação do Partido Comunista de Espanha, no qual ficaria até morrer. Entrou para o Comité Central em 1930. Em 1931 tornou-se responsável do jornal do partido «Mundo Obrero». Foi Secretária-Geral entre 1942 e 1960 e Presidente entre 1960 e 1989. Em 1936 foi deputada pelas Astúrias, tendo conseguido a libertação dos prisioneiros políticos.
Distinguiu-se durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), opondo-se ao franquismo. Ficou célebre o seu slogan «No pasarán». Foi detida e presa várias vezes pelas suas actividades políticas. Defendeu com afinco a melhoria da condição feminina.
Exilou-se, só regressando a Espanha em 1977. Foi eleita deputada nas primeiras eleições democráticas realizadas após a morte de Franco. Dolores recebeu um doutoramento honorífico da Universidade de Moscovo, o Prémio Lenine da Paz em 1964 e a Ordem de Lenine em 1965. Em 1966 publicou a sua autobiografia.

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Devido ao seu simbolismo popular, inspirou grandes escritores como Pablo Neruda e Rafael Alberti, que lhe dedicaram poemas.
«Mais vale morrer em pé do que viver de joelhos», frase que utilizou em vários dos seus discursos, não é de sua autoria, contrariamente ao que muita gente pensa, mas de Emiliano Zapata, revolucionário mexicano».
Morre aos 93 anos de idade.

Cortesia de wikipedia/Topa Tudo/JDACT