sexta-feira, 7 de maio de 2010

Júlio Dinis: Um romancista de afectos puros, de paixões simples. Uma prosa limpa

(1839-1871)
Cortesia de temposantigos
Joaquim Guilherme Gomes Coelho foi um médico e escritor português, tendo ficado conhecido na História de Portugal e no meio literário com o pseudónimo de Júlio Dinis
Júlio Dinis nasceu na cidade do Porto, a Invicta e encontra-se sepultado no cemitério da Ordem Terceira de S. Francisco, em Agramonte.

Júlio Dinis foi um dos mais «suaves e ternos romancistas portugueses», cronista de afectos puros, paixões simples, prosa limpa.
O romance «As Pupilas do Senhor Reitor» (1869), foi uma obra representada em teatro e foi produzido um filme com o mesmo nome. Um ano antes, veio a público «Uma Família Inglesa» e «Serões da Província» (1870).
Homenagem da cidade do Porto
No ano do seu falecimento, 1871, publicou o romance «Os Fidalgos da Casa Mourisca». Só depois da sua morte se publicaram «Inéditos» e «Esparsos», em dois volumes, assim como as suas «Poesias», (1873 e 1874).

Júlio Dinis foi o criador do romance campesino e as suas personagens são pessoas com quem conviveu ou contactou na vida real. São personagens que estão «possuídas» de naturalidade, que muitas delas nos são familiares ainda nos dias de hoje. Como exemplo, a tia Doroteia de «A Morgadinha dos Canaviais», inspirada por sua tia, em casa de quem viveu, quando se refugiou em Ovar, ou de Jenny, para a qual recebeu inspiração da sua prima e madrinha.

Actual vista da Casa de Júlio Dinis, onde se vê o portão marcado com um X e substitui naquele lugar a janela em crivo, dentro da qual o escritor ouvira a conversa de sua prima com a beata.
Cortesia de prof2000
Júlio Dinis viu sempre o mundo pelo prisma da fraternidade, do optimismo, dos sentimentos sadios do amor e da esperança. Quanto à forma, é considerado um escritor de transição entre o romantismo e o realismo.
Além deste pseudónimo, Júlio Dinis usou também o de Diana de Aveleda, com que assinou pequenas narrativas ingénuas como «Os Novelos da Tia Filomena» e o «Espólio do Senhor Cipriano», publicados em 1862 e 1863, respectivamente.


O busto de Júlio Dinis, homenagem da CM de Ovar
Cortesia de prof2000
Obras de Júlio Dinis:
  • As Pupilas do Senhor Reitor (1867);
  • A Morgadinha dos Canaviais (1868);
  • Uma Família Inglesa (1868);
  • Serões da Província (1870);
  • Os Fidalgos da Casa Mourisca (1871);
  • Poesias (1873);
  • Inéditos e Dispersos (1910);
  • Teatro Inédito (1946-1947)
 Morre com 31 anos de idade. A doença já tinha vitimado a mãe e foi a causa da morte de todos os seus oito irmãos.


História de Portugal/wikipédia/JDACT

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