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Gil Eanes foi um navegador português, escudeiro do Infante D. Henrique e cuja biografia permanece ainda pouco conhecida e muito discutida. Foi o primeiro a navegar para além do Cabo Bojador, em 1434, dissipando o terror supersticioso que este promontório inspirava e iniciando assim a época dos «grandes descobrimentos». O Infante D. Henrique conseguiu incentivar Gil Eanes a tentar a proeza da passagem.
Ao dobrar o cabo, reforçou o papel de Portugal como nação marítima. De acordo com Gomes Eanes de Zurara, o Infante armou-o cavaleiro. Sabe-se que em 1446 partiu para a exploração da costa da actual Mauritânia e combate aos muçulmanos que tentavam impedir os progressos da navegação portuguesa através da pirataria, de onde trouxeram o maior número de escravos de sempre. Regressou a meio da viagem devido ao mau tempo, não havendo mais dados biográficos concretos a partir dessa data, embora alguns historiadores afirmem que continuou a sua vida em Lagos. Este navegador permitiu um grande avanço na época dos Descobrimentos.
Entre 1424 e 1433, D Henrique enviou 15 expedições com a pesada missão de «passar» para sul o cabo maldito. Todas fracassaram.
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O Cabo Bojador era conhecido como o cabo do medo. A 5 quilômetros da costa do cabo, em alto mar a profundidade é de apenas 2 metros, provavelmente devido ao assoreamento provocado por milhares de anos de tempestades de areia sopradas pelo deserto do Saara. Ondas altíssimas e recifes de arestas pontiagudas, fervilham àquela região tornando a navegação muito arriscada.
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Em Maio de 1434, Gil Eanes aparelhou uma barca de 30 toneladas, com um só mastro, e uma única vela redonda e também movida a remos e parcialmente coberta. Com ela ao chegar nas proximidades do cabo do medo, decidiu manobrar para oeste afastando-se da costa africana. Após um dia inteiro de navegação longe da costa, deparou com ventos amenos, e então dobrou para sudeste e logo percebeu que havia deixado o Cabo Bojador para trás.
História de Portugal/wikipédia/JDACT
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