sexta-feira, 25 de março de 2011

Aprender a Ser: «...que se deve respeitar a indicação da intuição, apaziguar o mental e negociar com ele, o que, por vezes, não se torna tão simples nem rápido como se desejaria. ...então é com alegria que se instala a dedicação e o empenho da prática, que se torna cada vez mais espontânea e automática»

Cortesia de aprenderaser 

«Há medida que o contacto com o diálogo interior se torna mais frequente, ou seja, cada vez mais consciente, que se instala o hábito de se estar atento ao vocabulário empregue, em qualquer situação, o que passa a acontecer naturalmente, também se torna mais fácil diferenciar a vibração interior da consciência, a nível do coração, da vibração mental, a nível do estômago.
Não basta rejeitar este diálogo, recusá-lo, para o anular. O seu poder construtivo irá continuar de forma subconsciente, aparecendo as confusões, o acréscimo de ansiedade, os medos resultantes do processo mecânico da discussão destas duas vozes em oposição.
Saber diferenciar a consciência do mental é pô-los a funcionar de forma serena e eficaz, para a construção do bem-estar, base do equilíbrio total, tanto psicológico como físico. É utilizar uma função coordenadora perfeita destes dois elementos, existentes em cada um de nós, indiferentemente do sexo e da idade.

Cortesia de prof2000
Tal como qualquer outro hábito, torna-se natural e espontânea a escuta, o respeito da intuição e o planeamento mental, de forma a articular a participação positiva destes dois elementos.
É importante compreender que a última formulação expressa, tanto no pensamento como na verbalização, deve prevalecer sobre a anterior. Melhor dizendo, para qualquer projecto deverá haver constância na composição das afirmações, que devem ser mantidas e repetidas para serem assimiladas por inteiro e, assim, criar-se uma nova programação, correspondente às aspirações.
A atitude «quero-não-quero» bloqueia tudo. Levantam-se barreiras e atrasos, interferimos nos resultados de forma oposta à intenção, deixa-se de ver o andamento do projecto, e isto gera a perda de ânimo e, provavelmente, a desistência.
À medida que se pratica a escuta atenta da intuição, que se passa a considerar uma conselheira, simplifica-se a união com o mental, abandona-se a programação antiga e, naturalmente, instala-se uma nova vibração íman, que permite a aproximação de propostas e convites satisfatórios, a um ritmo cada vez mais visível e sincronizado, sempre acompanhada de um bónus.

Cortesia de rincondelvago 
Um bónus, uma regalia, ainda melhor do que se imaginou, ou uma realização ainda mais adequada do que se imaginou. A via que leva ao êxito, sendo claramente definida a meta final, é uma via de flexibilidade de objectivo em objectivo.
Conseguir entender o processo e o funcionamento do mecanismo intuição/acção, ou seja, consciência/mental é conseguir facilitar o quotidiano e melhorá-lo, ao mesmo tempo que se melhora a gestão do tempo, a sincronização da agenda, vivendo-se as acções com maior eficácia, o que se torna benéfico, tanto para o próprio como para as outras pessoas envolvidas.
Aquietar o diálogo interior, tornando-o harmonioso, tem como efeito directo a serenidade interior.
No caso de luta, combatividade, recalcamentos e sofrimentos interiores e, em particular, quando derivam unicamente da imaginação, são esses mesmos comportamentos, vindos dos outros, que iremos atrair.

Cortesia de ceesal  
Uma das atitudes mentais mais desestabilizadoras é a de estar constantemente a desejar e a rejeitar o desejo, como, por exemplo, nos casos seguinte:
  • Não apreciar a presença de alguém e achar que dela resulta a felicidade;
  • Desejar outro trabalho e pensar que não há possibilidade de o arranjar;
  • Ter ambições bem definidas e não preparar o terreno para as conseguir.
A conclusão a que chegamos é que se deve respeitar a indicação da intuição, apaziguar o mental e negociar com ele, o que, por vezes, não se torna tão simples nem rápido como se desejaria. No entanto, quando se percebe que depende unicamente da nossa forma de pensar, de falar, assim como do acerto na utilização do vocabulário, então é com alegria que se instala a dedicação e o empenho da prática, que se torna cada vez mais espontânea e automática». In Christiane Águas, 2003, Aprender s Ser, Fevereiro 2004, Editora Oficina do Livro.

Cortesia de Oficina do Livro/JDACT