terça-feira, 22 de março de 2011

Memória. Sinais: A primeira revolta contra a ditadura. «Um grupo de oficiais e civis democratas revoltou-se no Porto, numa intentona destinada a restaurar a ordem republicana. A 3 de Fevereiro de 1927, o regimento de Caçadores 9, reforçado por elementos de Cavalada 6 e uma companhia da GNR, saiu para a rua sob o comando de um comité revolucionário...»

Cortesia de noticiassabado

Memória.
A Primeira Revolta contra a Ditadura.
«Nove meses depois do golpe de 26 de Maio de 1926, um grupo de oficiais e civis democratas revoltou-se no Porto, numa intentona destinada a restaurar a ordem republicana. A 3 de Fevereiro de 1927, o regimento de Caçadores 9, reforçado por elementos de Cavalada 6 e uma companhia da GNR, saiu para a rua sob o comando de um comité revolucionário chefiado pelo general Sousa Dias. Dirigindo-se à Praça da Batalha, aí prenderam o comandante da Região Militar do Norte e o governador civil do Porto. No dia seguinte, os revoltosos enviaram uma mensagem ao Presidente da República, general Carmona, dando-lhe conta da intenção de derrubar o governo e «reintegrar o país dentro do regimen democrático constitucional».

Cortesia de noticiassabado
Contavam com o alastramento da revota em Lisboa, mas a capital mantinha-se calma. O ministro da Guerra, coronel Passos e Sousa, mandou o navio Infante de Sagres com tropas e material para Leixões e dirigiu-se a Vila Nova de Gaia para assumir o comando das forças governamentais. A resistência dos revoltosos durou cinco dias. A 8 de Fevereiro, esmagado pelo número, Sousa Dias enviou o comandante Jaime Morais e o major Severino parlamentar ao quartel general do inimigo, nas Devesas. Horas depois, rendeu-se.

Cortesia de noticiasabado
Em Lisboa, a reevolta só estalou no dia 7, chefiada pelo comandante Agatão Lança e com a participação de efectivos reduzidos do exército, da marinha, da GNR e civis armados. Os insurrectos levantaram barricadas na Rua da Escola Politécnica e aí aguentanm durante 2 dias. Passos e Sousa voltou do Porto a tempo de comandar o ataque final.
Quando ficaram sem munições, os democratas renderam-se.
Os civis apanhados de armas na mão foram fuzilados... (lembrar-se o quadro de Goya! nota de JDACT) junto ao chafariz do Rato, onde é hoje a Procuradoria-Geral da República. Os combates no Porto fizeram cerca de 100 mortos e 500 feridos. Em Lisboa, morreram mais de 70 pessoas e houve 400 feridos». In J.F., Sinais, Memória, Notícias Sábado, nº 265.

Cortesia de Diário de Notícias