terça-feira, 14 de agosto de 2012

O Chá. De Oriente para Ocidente. Fundação Oriente. «Para além do aspecto material associado ao seu consumo, o chá desempenhou ainda um papel importante no campo da medicina e da farmacopeia, dimensão tradicionalmente olvidada e que recentemente tem vindo a ser recuperada»




Cortesia de fo e jdact

Exposição. Piso 2, até ao pf dia 13 de Janeiro de 2013

«O chá prova como uma simples planta e a infusão daí resultante desempenham um papel importante no desenvolvimento de uma determinada civilização, e nas trocas culturais informais entre as diferentes civilizações.
A exposição O Chá. Do Oriente para o Ocidente torna patente estas duas dimensões nos vários núcleos que a compõem, nomeadamente através dos aspectos materiais associados ao seu consumo (porcelanas, mobiliário, espaços, pinturas e prataria entre outros objectos), mas também dos aspectos habitualmente menos conhecidos da difusão da planta e da sua transformação em chá fora do mundo sínico.
Para além do aspecto material associado ao seu consumo, o chá desempenhou ainda um papel importante no campo da medicina e da farmacopeia, dimensão tradicionalmente olvidada e que recentemente tem vindo a ser recuperada. Convém assinalar como tanto na China e na Europa de antanho, o chá foi visto como bebida medicinal antes de se divulgar e vulgarizar o seu consumo. Disso há bastas provas na literatura científica, nomeadamente na portuguesa, antes do chá passar a ser encarado como uma simples bebida a partir de meados do século XVIII.
Estando o Museu do Oriente em Lisboa e sendo um dos papéis da Fundação Oriente o de relembrar e estabelecer laços científicos e culturais com a Ásia, mormente com a China, a exposição põe de manifesto o papel de Portugal como mediador do conhecimento do chá entre o Extremo Oriente e a Europa. Apesar de frequentemente referida, a dimensão portuguesa na sua divulgação só é conhecida parcelarmente, pelo que a exposição sublinha a sua importância e fornece novas pistas. Mais do que simples mostra de peças, esta mostra contextualiza-as e insere-as no mundo em que foram feitas e, ao fazê-lo, torna patente um diálogo civilizacional informal que continua nos dias de hoje». In Fundação Oriente.

Cortesia F. Oriente/JDACT