«Ao que vos parecer verso chamai verso,
e ao resto chamai prosa». In Irene Lisboa
«Ignorância,
sim. Porque tem de ser. Mas uma ignorância sorridente».
«Nós
nunca estamos verdadeiramente onde estamos. Viajamos».
«Se
tiveres pressa toma um avião. Se tiveres sede bebe um copo de água. E deixa-te
de coisas. Se achares bonita aquela árvore, diz-lho, que diabo. Se achares que
é feia, assobia e segue o teu caminho».
«Ver,
ignorar, esquecer. Voltar o passado e o futuro de pernas para o ar… E sonhar,
sonhar, sonhar».
«Pois
bem. Também nós tivemos um dia de amor. Lá fora chovia e os autocarros… Era um
dia de Inverno. Sempre foram curtos os dias de Inverno».
«Agora
que estás longe e dissemos, sem lágrimas, as últimas palavras, lembro-me de ti:
como éramos felizes quando éramos infelizes nos braços um do outro!»
«Desculpa:
ainda sei o teu nome. E a linha do teu corpo (desculpa, rapariga) ainda não
aprendi a esquecer-me dela».
In
Jaime S. Sampaio, O Mar não Precisa de Poetas, Hugin Editores, Lisboa, 1998,
ISBN 972-831-058-7.
Cortesia
de Hugin/JDACT