segunda-feira, 28 de junho de 2010

Évora: Orago, São Pedro. Feriado Municipal, 29 de Junho. As Feiras de Évora

Cortesia da CMÉvora
A tradição da Feira de S. João na cidade de Évora, com o seu Centro Histórico - Património Comum da Humanidade -, a primitiva Eburobrittium, a Ebora Cerealis ou  Liberalitas Julia,  continua a dar alegria e a proporcionar eventos até ao pf dia 4 de Julho. São festejos que sempre recordarei.

«Ano após ano, a cidade "veste o seu melhor traje" e celebra as festas populares, englobando neste período a consagração de S. João e do padroeiro local: S. Pedro. É assim este ano, bem como, há mais de cem anos. "A Feira de Évora era na altura a ocasião de prestar aos forasteiros as amabilidades, "finezas" e atenções que os velhos "foros e costumes" da hospitalidade característica do "povo" desta vasta "planície heróica que é o Alentejo. A Feira era também, naquela altura, local de arreigadas tradições como as imprescindíveis touradas, sobretudo as dos dias de S. João e S. Pedro. Estas traziam à cidade muito pessoal da loura, mas também muitos feirantes, negociantes e aficionados dos touros que davam uma alegria extraordinária. Lendo o estudo de Carvalho Moniz, e respeitando naturalmente as distâncias temporais, chegamos à conclusão que a nossa Feira mantém a sua traça original e é isso que faz dela a maior e mais importante ao Sul do rio Tejo. Como acima escrevi: volta-se a cumprir a tradição. O Rossio de S. Brás, que em meados do século XVI já era referência, por exemplo, de local de feira não franqueada, continua a manter a sua importância, sendo a partir de agora, e durante os próximos dias, a "sala de visitas" da cidade. Aqui virão, não só os eborenses, mas também uma importante franja da diáspora alentejana que encontram nestas datas, a melhor altura para reencontrarem o passado e, nalguns casos, os familiares e os amigos de longa data. Aqui também se continuam a fazer negócios e aqui também se continua a promover o melhor que a cidade tem, através da presença, cada vez mais significativa, dos agentes e instituições locais. Diversões infanto-juvenis, mostra de artesanato, actividades desportivas e culturais, para além de um sem número de propostas, fazem das Festas Populares da Cidade - Feira de S. João, o grande certame da região, e que durante estes dias procura também assinalar o Ano da Biodiversidade. Por tudo isto, acredito que a alegria de visitar e usufruir da Feira de S. João, que este ano decorrerá de 23 Junho a 4 de Julho, será renovada, apesar das vicissitudes sociais e económicas que afectam o País e o Mundo». In CMÉvora

(1910-2000)
Cabeção 
Carvalho Moniz
Cortesia de CMÉvora
A origem genérica das feiras e mercados e as principais feiras e mercados de Évora, desde a ocupação muçulmana da cidade, no século XII, à posterior Feira de S. João, são a substância desta obra. O seu autor, Manuel Carvalho Moniz, começa por introduzir o tema fazendo a apologia das feiras e mercados como elo de ligação entre o mundo rural e o mundo urbano, passando depois para os seus aspectos comerciais, sociais e religiosos, e sublinhando, no caso de Évora, o seu papel no desenvolvimento económico e social e no prestígio da cidade, ao longo dos séculos.
  • A Feira de Santiago (1275);
  • A Feira Franqueada de D. Dinis (1286);
  • A Feira dos Ramos (1839);
  • A Feira dos Estudantes (1540 a 1759);
  • A Feira dos Pucarinhos (1516 a 1932);
  • A Feira de São João (século XVI).
Numa exposição que o autor documenta com fotografias centenárias, com regimentos, alvarás e editais do século XVI ao Século XX, com uma antologia literária e com elementos do cancioneiro do S. João de Évora.
Cortesia da CMÉvora
Um bom S. Pedro. Um bom Feriado Municipal.
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