Cortesia dos CTT
«O Jardim Botânico da Madeira é uma instituição científica que se dedica ao estudo e à conservação da riquíssima flora e vegetação dos arquipélagos da Madeira e das Selvagens, mas é também um local aprazível para desfrutar e conhecer a diversidade do reino das plantas. Nos seus jardins apresenta uma importante colecção de plantas originárias de diferentes regiões do Mundo, desde as taigas mais frias até aos desertos mais quentes, sem esquecer as plantas indígenas da Madeira. As colecções de plantas estão organizadas de acordo com a sua família, distribuição geográfica e utilidade. Assim, existem diversas colecções, como a de plantas indígenas da Madeira, o arboreto, as plantas suculentas, os jardins coreografados, as plantas agro-industriais e as aromáticas e medicinais, a topiária, as cicadales e as palmeiras, não faltando as plantas cultivadas em estufa, que constituem as suas principais áreas.
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Este Jardim Botânico, instituição do Governo Regional da Madeira, com uma área de aproximadamente 8 hectares e uma média anual de 330 000 visitantes, foi fundado a 30 de Abril de 1960 pelo engenheiro agrónomo Rui Vieira. Está localizado na cidade do Funchal, na Quinta do Bom Sucesso ou Quinta Reid, que data de meados do século XIX. Nesta instituição científica são realizados estudos de sistemática de plantas vasculares e avasculares, de biologia molecular, de biologia reprodutiva, de biologia da conservação e de ecologia da vegetação. A investigação é fundamental para conhecer a diversidade da flora e vegetação da Madeira, de modo a estabelecer estratégias de conservação das espécies e comunidades vegetais. A ocupação das ilhas dos arquipélagos da Madeira e das Selvagens pelo Homem, com a introdução de animais e plantas, provocou a destruição ou alteração de muitos habitats naturais. Como consequência, algumas espécies de plantas encontram-se, actualmente, ameaçadas de extinção ou estão restritas a escarpas e a outros locais pouco acessíveis. O Jardim Botânico da Madeira tem, aqui, um papel activo, através das acções de inventariação e monitorização dessas espécies.
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A monitorização da evolução das populações naturais permite determinar o seu estado de conservação e possíveis ameaças, de modo a definir as estratégias de conservação mais adequadas. Uma estratégia para conservar as espécies vegetais a longo prazo, fora do seu habitat natural, é o armazenamento e manutenção das suas sementes nos denominados bancos de sementes. No Banco de Sementes do Jardim Botânico da Madeira, criado em 1994, estão armazenadas sementes das espécies endémicas dos arquipélagos da Madeira e das Selvagens, e de outras espécies indígenas. A recolha de sementes revela-se por vezes extremamente difícil, pois muitas populações apenas ocorrem em locais quase inacessíveis. Outras das acções desenvolvidas pelo Jardim Botânico da Madeira é a propagação de espécies indígenas, principalmente dos endemismos raros e ameaçados de extinção. A maioria das espécies são propagadas por sementeira, nos viveiros e estufas, mas em alguns casos é necessário recorrer à estacaria e à cultura in vitro. Posteriormente são levadas a cabo acções de reintrodução e reforço de populações na natureza, principalmente de espécies com reduzido efectivo populacional.
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Para além de ser um centro de investigação e conservação da flora da Madeira, o Jardim Botânico é também um pólo de educação. Esta instituição realiza diversas acções de divulgação e sensibilização sobre a flora e vegetação da Madeira e a necessidade da sua conservação. As actividades, principalmente destinadas a alunos dos vários graus de ensino, incluem visitas guiadas ao Jardim ou saídas de campo, acções de plantação na natureza, acções de erradicação de plantas invasoras de habitats naturais, entre outras. O Jardim Botânico é também um local propício para a realização de diversas actividades culturais, como concertos, dança, teatro e pintura». In Selos de 2010, CTT, Roberto Jardim
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