Cortesia dos CTT
«Com a institucionalização da República as mulheres portuguesas ganharam mais direitos cívicos, muito embora sem correspondência nos direitos políticos. O seu activismo cívico e associativo conheceu no entanto um vigoroso desenvolvimento.
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A presente emissão de selos evoca algumas das mais destacadas figuras de mulheres do período inicial da República, designadamente: Adelaide Cabete (1867-1935), médica ginecologista, professora e grande feminista, lutou contra o flagelo da mortalidade infantil, do alcoolismo feminino e da prostituição, fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas e organizou o I Congresso Feminista e de Educação; Ana de Castro Osório (1872-1935), escritora, em especial de literatura infantil, editora, pedagoga, publicista, conferencista, defensora dos ideais republicanos, fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e esteve ligada a outros movimentos feministas.
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Angelina Vidal (1853-1917), professora, jornalista e propagandista dos direitos dos operários, nomeadamente das mulheres, republicana assumida com intervenções públicas de cariz social; Carolina Beatriz Ângelo (1877-1911), médica (a primeira a operar no Hospital de S. José) e primeira eleitora portuguesa, em 1911, pertenceu a várias organizações feministas, tendo dirigido a Associação de Propaganda Feminista; Carolina Michaëlis de Vasconcelos (1851-1925), romancista, destacou-se no ensino, tendo sido a primeira mulher admitida como professora universitária na Faculdade de Letras de Coimbra.
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Emília de Sousa Costa (1877-1959), escritora e defensora da educação feminina, contribuiu para a criação da Caixa de Auxílio a Raparigas Estudantes Pobres, leccionou na Tutoria Central de Lisboa, instituição para crianças delinquentes ou abandonadas e pertenceu ao Conselho Central da Federação Nacional dos Amigos das Crianças; Maria Veleda (1871-1955), professora do ensino primário, escritora para crianças, fez parte da Liga Republicana de Mulheres Portuguesas e do Grupo Português de Estudos Feministas, sendo defensora da emancipação e participação política das mulheres; Virgínia Quaresma (1882-1973), jornalista, distinguiu-se pelas suas reportagens de teor politico e social, designadamente em O Século e em A Capital e, também, no Brasil.
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Foi das primeiras mulheres a licenciarem-se pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido condecorada com a Ordem de Santiago pelos serviços prestados ao país durante a Grande Guerra». In CTT, Mulheres da República
Cortesia CTT/JDACT