terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Sociedades Secretas. Philip Gardiner. «Fico sempre muito feliz ao visitar um lugar remoto, onde as luzes das lâmpadas das ruas não poluem e contaminam a visão dos nossos companheiros celestes»

Cortesia de wikipedia e jdact

«(…) Haverá evidências concretas de como os nossos sistemas de crenças têm sido usados, abusados e manipulados por um grupo secreto e mortal de indivíduos cuja história remonta há milhares de anos. Eles tinham um nome, uma base de poder e um segredo, trancado com os seus poucos iniciados, que teve implicações significativas para o futuro da humanidade. Descobriremos o segredo e o revelaremos. Existem por aí milhares de best-sellers sustentando mistérios que implesmente não existem. Este livro irá solucioná-los e nos colocará de volta no caminho correcto. Porque, nesta suposta era de esclarecimento, ainda acreditamos nas mentiras controladoras daqueles que ocupam posições de autoridade, e as alimentamos? A resposta é simples. Conhecimento é poder. Portanto, se mantém o conhecimento para si mesmo, mantém o poder.

Quando acontece de deixarmos velhas religiões para trás, apenas nos é dada uma nova, mais relevante para a nossa era e para os objectivos políticos dos influentes manipuladores ocultos do poder. Precisamos do ópio da religião ou podemos sobreviver sem ele? Precisamos das religiões sob a roupagem diferente da Nova Era ou dos cultos pseudocientíficos que se voltam para os óvnis a fim de encontrar o sentido da vida? Este livro mostrará como até mesmo os novos sistemas de crenças estão fundamentados sobre as mesmas velhas mentiras e sobre o conhecimento secreto que, ao que se supõe, somos demasiado simplórios para compreender.
Os Iluminados, sob diversos nomes, têm manipulado ao longo dos séculos por muitos meios, inclusive a psicologia. Valendo-se da história de nossas origens, eles se aproveitaram do nosso desejo de saber quem somos e de onde viemos e controlaram os nossos sistemas de crença desde o princípio. Eles compreenderam, ainda, algumas das formas mais básicas e fundamentais pelas quais os nossos cérebros funcionam e são influenciados. Eles descobriram que éramos influenciados não apenas pelas pessoas, mas também pelo mundo que nos cerca, e de maneiras que sequer podemos compreender hoje.

Corpos celestes: os Deuses dos Antigos
Uma vez que muitas sociedades secretas actuais expressam as imagens e o simbolismo das crenças de nossos ancestrais pré-cristãos, seria bom tentarmos compreender como e porque essas crenças surgiram e o que os símbolos que vemos significam de facto. Para tanto, precisamos investigar o reino dos corpos celestes, ou seja, os planetas no céu nocturno.
Fico sempre muito feliz ao visitar um lugar remoto, onde as luzes das lâmpadas das ruas não poluem e contaminam a visão dos nossos companheiros celestes. Parar e contemplar as estrelas cintilantes num céu limpo e cristalino e ficar fascinado pelo número incrível de luzes que alcançam os nossos olhos é uma experiência que todos deveriam ter. Hoje entendemos o que essas estrelas são: sóis distantes e, às vezes, mortos há muito tempo. Nossos ancestrais, sem o brilho alaranjado de uma rua suburbana, desconheciam a ciência por trás da fascinação. Para eles, essas eram as miríades de olhos dos deuses no paraíso: os grandes Iluminados no céu. O pai Sol e a mãe Lua eram dominantes pelo seu tamanho e pela relação aparente que possuíam com a natureza hormonal básica do homem e da mulher: eles controlavam, literalmente, a nossa vida. Não é de espantar que as lendas desses cintilantes deuses celestes permanecessem connosco em nossas fábulas religiosas, mitos e folclore.
Assim como o deus pagão Pã [Pan], cujo nome significa Tudo, a Bíblia diz que Cristo é tudo e está em tudo. Teriam os primeiros cristãos e gnósticos compreendido a relação do homem com as forças ocultas do Universo mais amplo? Uma coisa é certa: essa compreensão tem sido mantida como um bebé nos braços pelas sociedades secretas que abordaremos em breve. As questões que se referem à compreensão e utilização, pelo homem primitivo, dos efeitos dos padrões cíclicos, das forças eletromagnéticas e da proximidade da sua própria natureza com as plantas e animais podem ser respondidas pelos sinais da reverência que ele prestou a tais elementos: a sua veneração e comportamento ritualístico ao redor de algumas dessas partes básicas e fundamentais da sobrenatureza. Padrões e ritmos cíclicos dominam a nossa vida, desde os padrões do dia e da noite até às mudanças de estação e os seus efeitos sobre nós». In Philip Gardiner, Sociedades Secretas, colecção Millenium, Publicações Europa América, 2008, ISBN 978-972-105-876-7.

Cortesia de PEAmérica/JDACT