quarta-feira, 9 de junho de 2010

Os Lusíadas: Luís de Camões, Canto I

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O género épico remonta à antiguidade grega e latina sendo os seus expoentes máximos Homero e Virgílio.

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A epopeia é um género narrativo em verso, em estilo elevado, que visa celebrar feitos grandiosos de heróis fora do comum reais ou lendários. Tem pois sempre um fundo histórico. O género épico é um género narrativo e que exige na sua estrutura a presença de uma acção, desempenhada por personagens num determinado tempo e espaço. O estilo é elevado e grandioso e possui uma estrutura própria, cujos principais aspectos são:
  • Proposição, em que o autor apresenta a matéria do poema;
  • Invocação,  às musas ou outras divindades e entidades míticas protectoras das artes;
  • Dedicatória, em que o autor dedica o poema a alguém, sendo esta facultativa;
  • Narração, a acção é narrada por ordem cronológica dos acontecimentos, mas inicia-se já no decurso dos acontecimentos, in medias res, sendo a parte inicial narrada posteriormente num processo de retrospectiva;
  • Presença de mitologia Greco-Latina, contracenando heróis mitológicos e heróis humanos
Camões viveu algum tempo em Coimbra onde terá frequentado aulas de Humanidades, talvez no Mosteiro de Santa Cruz, já que aí tinha um tio padre. No entanto, embora a existência desse tio, D. Bento de Camões, esteja documentada, não há qualquer registo da passagem do poeta por Coimbra. Em algum lado, afirmam os estudiosos da sua vida, terá adquirido a grande bagagem cultural que nas suas obras demonstra possuir.

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Regressou a Lisboa, levando aí uma vida de boémia. São-lhe atribuídos vários amores, não só por damas da corte mas até pela própria Infanta D. Maria, irmã do Rei D. Manuel I. Em 1553, depois de ter sido preso devido a uma rixa, parte para a Índia, e este é um dos poucos factos da sua vida que os documentos corroboram. Fixou-se na cidade de Goa onde terá escrito grande parte da sua obra.
(Apresentação) (Siglas) (Prefácio) (Canto I)
Cordesia do Instituto Camões/JDACT