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Com a devida vénia a Ruy Ventura, Arquivo do Norte Alentejano.
Memórias Paroquiais de Castelo de Vide (Memória nº 222, volume 10, folhas 1461 a 1489).
Castelo de Vide em 1758, (folhas 1461 a 1476). Notícia da muito sempre leal, nobre, grande e notável vila de Castelo de Vide.
«Tem esta vila feira dia de Santo Amaro e dia de São Lourenço, francas de um só dia cada uma, e mercados todas as quintas-feiras do ano, francos até ao meio-dia.
Tem correio. Sai quarta de manhã e chega sábado à noite. Manda correio a carta do povo, dar e receber as cartas ao correio de Portalegre.
Dista esta vila da cidade de Portalegre, cabeça do bispado, duas léguas. E dista da cidade de Lisboa 34 léguas.
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Tem o privilégio de não sair da Coroa e com tanta restrição que, em foro de consciência, a não pode el-rei dar, porque sendo esta vila das filhas do infante Dom Afonso, quando a venderam a seu tio Dom Dinis, se estipulou no contrato que a vendiam a ele e a seus sucessores, com condição que nunca sairia da Coroa. E el-rei no contrato assim o prometeu. Consta da Monarquia Lusitana.
Tem mais o privilégio dos seus moradores não irem à guerra, salvo acompanhando el-rei em pessoa. E se tem observado na ocasião dos maiores apertos, como se vê no livro do tombo da Câmara.
Tem o privilégio de não pagar portagem e a todos os moradores da vila o privilégio que a Elvas se concedeu, só os que morassem na Corujeira.
Tem também isenção de ter éguas de coudelaria e este é o único que se tem quebrado.
Cortesia de olhares
Há nesta vila a fonte da Mealhada, cuja água é excelente remédio contra as dores nefríticas, a do Manguinhos, para as diarréias». In Ruy Ventura, Memórias Paroquiais de Castelo de Vide .
A amizade de JC e SB
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