terça-feira, 27 de março de 2012

BNP. A obra religiosa de Marcos António Portugal, 1762-1830: Catálogo temático, crítica de fontes e de texto, proposta de cronologia. «A descoberta de muitas e reveladoras novas fontes primárias de cariz biográfico, permitiu pela primeira vez traçar com precisão o percurso pessoal e profissional de Marcos Portugal»

Cortesia da bnp

Lançamento. Hoje, dia 27 de Março de 2012, pelas 18h00, Auditório da BNP.

«Lançamento da obra da autoria de António Jorge Marques, com interpretação ao vivo de excertos da Missa Grande de Marcos Portugal pelo Coro de Câmara de Lisboa, sob a direcção de Teresita Gutierrez Marques, e por Ana Paula Russo (soprano), Helena Lima (mezzo-soprano), Carlos Reis (tenor), Jorge Martins (barítono), António Duarte (organista) e Luís Sá Pessoa (violoncelista).
"Marcos Portugal (1762-1830) foi um dos mais notórios e prolíficos compositores luso-brasileiros de sempre. Embora a fama internacional se tenha sobretudo ficado a dever aos milhares de representações das suas óperas, em Portugal e no Brasil foi sobretudo através da música religiosa que o seu nome se tornou conhecido, adquiriu estatuto, e perdurou muito para além da morte do autor, ao contrário do que sucedeu com a obra dramática, que abandonou os palcos em inícios da década de 1820. O corpus da obra religiosa de Marcos Portugal, tema praticamente omisso na musicologia luso-brasileira, foi aqui organizado e descrito em pormenor num catálogo temático (com incipit musicais), permitindo uma visão global – ainda que necessariamente incompleta – deste repertório, da sua disseminação, e indiciando uma alargada influência na produção de outros criadores e nos paradigmas composicionais.
A fonte que contribuiu de forma mais decisiva e estruturante para o catálogo temático foi a Relação Autógrafa (lista de obras realizada pelo compositor), sendo por isso tratada e analisada em detalhe. O inusitado número de espécimes encontrados, além de um número surpreendente de versões (do próprio Marcos Portugal e de outros autores), implicaram uma extensa crítica de fontes (que incluiu estudos caligráficos, análise de marcas de água e tipos de papel, e das variantes ortográficas do nome do compositor), por forma a permitir a coerência interna do catálogo temático e a ordenação cronológica das versões. Além disso, a descoberta de muitas e reveladoras novas fontes primárias de cariz biográfico, permitiu pela primeira vez traçar com precisão o percurso pessoal e profissional de Marcos Portugal». In António Jorge Marques, Biblioteca Nacional de Portugal.

Oradores: Mário Vieira de Carvalho, André Cardoso e David Cranmer.
Agradecimentos: Manuel Morais, Dinarte Machado.

Cortesia da bnp

Cortesia da BNP/JDACT