Alto como o Silêncio
A ilha te fala
de rosas bravias
com pétalas
de abandono e medo.
No fundo da sombra
bebendo por conchas
de vermelha espuma
que mundos de gentes
por entre cortinas
espessas de dor.
Oh, a tarde clara
deste fim de Inverno!
Só com horas azuis
no fundo do casulo,
e agora a ilha,
a linha bravia das rosas
e a grande baba negra
e mortal das cobras.
A ilha te fala
de rosas bravias
com pétalas
de abandono e medo.
No fundo da sombra
bebendo por conchas
de vermelha espuma
que mundos de gentes
por entre cortinas
espessas de dor.
Oh, a tarde clara
deste fim de Inverno!
Só com horas azuis
no fundo do casulo,
e agora a ilha,
a linha bravia das rosas
e a grande baba negra
e mortal das cobras.
Eu e os passeantes
Passa um inglesa,
e logo acode,
toda supresa:
what black my God!
Se é espanhola,
a que me viu,
diz como rola:
que alto, Dios mio!
E, se é francesa:
ó quel beau negre!
Rindo para mim.
Se é portuguesa,
ó Costa Alegre!
Tens um atchim!
Poemas de Caetano Costa Alegre, in ‘Versos’, 1916
Passa um inglesa,
e logo acode,
toda supresa:
what black my God!
Se é espanhola,
a que me viu,
diz como rola:
que alto, Dios mio!
E, se é francesa:
ó quel beau negre!
Rindo para mim.
Se é portuguesa,
ó Costa Alegre!
Tens um atchim!
Poemas de Caetano Costa Alegre, in ‘Versos’, 1916
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