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Fado Alado
«Vou de lisboa a S. Bento
Trago o teu mundo por dentro
No lenço que tu me deste
Vou do Algarve ao Nordeste,
Trago o teu beijo bordado
Sou um Comboio de Fado
Levo um amor encantado
Sou um Comboio de gente.
Sou o chão do Alentejo
De ferro é o meu beijo,
Tão quente como a Liberdade
E se não trago saudade
É porque vives deitado
Num amor que não está parado.
Sou um Comboio de Fado
Sou um Comboio de gente
Não há amor com mais tamanho,
Que este amor por ti eu tenho
Voo de pássaro redondo,
Que não aporta no beiral.não há amor que mais me leve,
De aquele em que se escreve
Ai… Lume brando
Paz e fogo
É a luz final.
[…]
Se for morrer a Coimbra,
Traz-me da luz z penumbra,
do amor que nunca se fez.
Corre-me o sangue de Inês,
Mostra-me um sonho acordado,
Somos um povo alado,
Um povo que vive no fado
A Alma de ser diferente»
Poema de Pedro Abrunhosa
Canta: Ana Moura
Cortesia de Larry Klein/JDACT