«Primeira grande batalha da Reconquista Cristã, que
se desenvolveu em 718.
Covadonga é uma região espanhola das Astúrias, na província de Oviedo, que ficou célebre por ser o palco de um dos episódios mais marcantes das guerras da Reconquista, nas quais se confrontaram as populações cristãs da Península Ibérica e os invasores muçulmanos. Em meados do século VIII, Pelágio, o líder da resistência cristã, arrebatou esta importante vitória ao derrotar o exército árabe-berbere na garganta rochosa junto da montanha da Virgem. À boa maneira das lendas de cavalaria da Idade Média, o vitorioso Pelágio foi proclamado rei sobre o campo de batalha. Os restos mortais deste guerreiro medieval, considerado o impulsionador do movimento militar, repousam junto das ossadas de Afonso, O Católico, na Cueva, que se abre nos flancos da montanha da Virgem e onde antes do combate o guerreiro cristão se disfarçou com uma capa espanhola». In Infopédia
Covadonga é uma região espanhola das Astúrias, na província de Oviedo, que ficou célebre por ser o palco de um dos episódios mais marcantes das guerras da Reconquista, nas quais se confrontaram as populações cristãs da Península Ibérica e os invasores muçulmanos. Em meados do século VIII, Pelágio, o líder da resistência cristã, arrebatou esta importante vitória ao derrotar o exército árabe-berbere na garganta rochosa junto da montanha da Virgem. À boa maneira das lendas de cavalaria da Idade Média, o vitorioso Pelágio foi proclamado rei sobre o campo de batalha. Os restos mortais deste guerreiro medieval, considerado o impulsionador do movimento militar, repousam junto das ossadas de Afonso, O Católico, na Cueva, que se abre nos flancos da montanha da Virgem e onde antes do combate o guerreiro cristão se disfarçou com uma capa espanhola». In Infopédia
«Um dos eventos
que certamente representam o início do processo de reconquista da Península
Ibérica pelos católicos, após a invasão islâmica no início do século VIII, foi
a Batalha de Covadonga,
no norte da península. Ocorrida em Maio de 722,
essa batalha auxiliou na criação da lenda em torno do rei Pelayo e da formação do reino
espanhol ao longo da Idade Média. O Império Islâmico havia-se expandido
rapidamente depois da sua criação por Maomé, após a terceira década do século
VII. Em 711, após terem conquistado
todo o Norte da África e convertido os berberes ao islamismo, os muçulmanos
ultrapassaram o Estreito de Gibraltar e iniciaram a conquista da Península Ibérica.
Em menos de dez anos, os muçulmanos dominaram quase toda a região, seja através
da subjugação bélica ou da imposição do domínio de forma pacífica. Em muitos
dos casos de subjugação pacífica, os muçulmanos contaram com a aceitação
principalmente dos judeus da Península, que viviam oprimidos pelo reino dos
visigodos que dominavam a região. Muitos dos membros da nobreza visigoda também
passaram a se aliar aos muçulmanos, principalmente após a derrota do rei
Rodrigo, na Batalha de Guadalete, em 711. Porém, Pelayo não se aliou aos muçulmanos.
Membro da nobreza visigoda, Pelayo teria se refugiado em Toledo,
mas, posteriormente, deixou a região, fixando-se no norte da Península, na região montanhosa das Astúrias.
Apesar da pouca
importância dada pelos muçulmanos à resistência na região Norte da Península,
em 722, o bispo Oppas
foi enviado pelo governador muçulmano Munuza,
junto ao comandante do exército Alqama, para tentar persuadir Pelayo
de sua resistência. A rebelião de Pelayo tinha como componente o facto
de Munuza ter desposado sua
irmã sem seu consentimento, o que levou Pelayo a capturá-la em Córdoba anos
antes. Ao chegar em Cangas de Onís, Pelayo foi escolhido como príncipe
por alguns nobres mandatários que se haviam reunido na cidade. Por este motivo
que Oppas se dirigiu a Pelayo. Após a recusa ao pedido do
bispo, Pelayo refugiou-se na Cova Dominica, posteriormente conhecida como Covadonga, na área do Monte Auseba, com talvez 300 homens, segundo indicam as fontes medievais. A área era
constituída de estreitos desfiladeiros, o que dificultou a acção do exército
muçulmano. Segundo o historiador Claudio Sánchez Albornoz, os muçulmanos
se encontravam em 20 mil homens. Mas alguns relatos medievais dizem que foram
talvez 200 mil.
Os homens de Pelayo
armaram emboscadas nos desfiladeiros da região, sendo que 200 homens se
posicionaram ao longo das montanhas de
Covadonga e outros 100 ficaram no interior
da caverna encrustada no morro. Eles atacavam os muçulmanos com flechas
e pedras, que tentavam responder, mas sem sucesso. A tropa de Pelayo conseguiu
ainda dividir o exército após uma investida, o que teria causado pânico nos
mouros que se dispersaram pela região. O comandante Alqama foi morto na
batalha e o bispo Oppas foi feito prisioneiro, acusado ainda de traição
aos visigodos. Durante a Idade Média, as crónicas sobre o Reino das Astúrias criaram um mito em torno de Pelayo,
apontando-o como o iniciador da Reconquista da Península Ibérica. Houve ainda a
afirmação de que a Virgem Maria apareceu a Pelayo, indicando a ele a
possibilidade de vitória. Inclusive hoje encontra-se na caverna uma capela em
homenagem à Virgem. Alguns anos após essa batalha era formado o Reino das Astúrias, que se
transformou no reino da resistência à expansão islâmica na região e local a
partir do qual as ações visando à reconquista pelos católicos iriam se
iniciar». In Tales Pinto, Pelayo e a batalha de Covadonga, Wikipedia