«Fosse a tua vida três mil anos e até mesmo dez
mil, lembra-te sempre que ninguém perde outra vida que aquela que lhe tocou
viver e que só se vive aquela que se perde. Assim a mais longa e a mais curta
vida se equivalem. O presente é igual para todos, e o que se perde é, por isso
mesmo, igual, e o que se perde surge como a perda de um segundo. Com efeito,
não é o passado ou o futuro que perdemos; como poderia alguém arrebatar-nos o
que não temos? Por isso toma sentido, a toda a hora, nestas duas coisas:
primeiramente, que tudo, desde toda a eternidade, apresenta aspecto idêntico e
passa pelos mesmos ciclos, e pouco importa assistir ao mesmo espectáculo em duzentos
anos ou toda a eternidade; depois, que tanto perde o homem que morre carregado
de anos como o que conta breves dias, consistindo a perda no momento presente;
não se pode perder o que não se tem».
sábado, 31 de agosto de 2013
Jazz. Anat Cohen. «Assim a mais longa e a mais curta vida se equivalem. O presente é igual para todos, e o que se perde é, por isso mesmo, igual, e o que se perde surge como a perda de um segundo»
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