«Agora pergunto-lhe: o que podemos esperar do
homem ou mulher enquanto criaturas dotadas de tão estranhas qualidades? Ou sem
qualidades… Faça chover sobre eles todos os tipos de bênçãos terrenas; submerge-os
em felicidade até acima da cabeça, de modo que só pequenas bolhas apareçam na
superfície dessa felicidade, como se em água; dê a ele (a) uma prosperidade
económica tamanha (será absurda nesta actualidade europeia?...) que nada mais
lhe reste para ser feito, excepto dormir, comer pão-de-ló e preocupar-se com a
continuação da história mundial, mesmo assim, por pura ingratidão, por
exclusiva perversidade, ele vai cometer algum acto repulsivo. Ele (a) até mesmo
arriscará perder o seu pão-de-ló (quer dizer o seu ‘tacho’) e desejará
intencionalmente o mais depravado lodo, o mais antieconómico absurdo, (serão as
promessas de feirantes?) simplesmente a fim de injectar o seu fantástico e
pernicioso elemento no âmago de toda essa racionalidade positiva». In
absurdo cúmulo da felicidade
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