sábado, 16 de novembro de 2013

Jazz. Pela Noite. David Virelles and All. «Um corpo, digo, não um cristal. Que permanece, ainda que eu hesite ou falhe ou recomece. E longamente se abre, no dia, o arco, e a mão que o perde. Só uma distância, ou o desejo, o quer. Mas onde e quando, enquanto existe?»

jdact


«A tua pura integridade delicada
a tua permanente adolescência de segredo
a tua fragilidade acesa sempre altiva.
Por ti eu sou a leve segurança de um peito
que pulsa e canta a sua chama
que se levanta e inclina ao teu hálito de pássaro
ou à chuva das tuas pétalas de prata.
Se guardo algum tesouro não o prendo
porque quero oferecer-te a paz de um sonho aberto
que dure e flua nas tuas veias lentas
e seja um perfume ou um beijo um suspiro solar.
Ofereço-te esta frágil flor esta pedra de chuva
para que sintas a verde frescura
de um pomar de brancas cortesias
porque é por ti que vivo é por ti que nasço
porque amo o ouro vivo do teu rosto».


«Catarina esta palavra vibra
vive
em nós
não é uma palavra morta
nem perdida.
Catarina
é a palavra viva
que ninguém fuzila.
Catarina
o teu nome é mais que um nome
ou é o nome
que encontrou
um rosto
a alegria viva
além de nós
aqui
presente.
Catarina
não é um bosque musical
mas uma pedra
que canta
de pé
claramente
pura
com um rosto
de água
sua palavra viva».


JDACT