quinta-feira, 24 de maio de 2012

Coimbra. Diário de Coimbra. Faz hoje 82 anos. «Continuaremos a pugnar pelo reforço do projecto europeu e da unificação da Europa, que é também fundamental para ultrapassarmos dificuldades como as que estamos a enfrentar…»



«O primeiro número do Diário de Coimbra chegou à mão dos leitores faz hoje precisamente 82 anos, com o objectivo assumido de defender a região das Beiras colocando os leitores como o foco da sua actuação. É um dia relevante na vida do Jornal e uma oportunidade para agradecer a todos quantos, nossos leitores e anunciantes e, em especial, aos profissionais desta casa e colaboradores, deram e continuam a dar o seu contributo para que o Diário de Coimbra seja um veículo de informação objectiva, isenta e credível.
Neste dia de aniversário, uma palavra, também, para recordar o meu Avô, Adriano Viegas da Cunha Lucas (1883-1950), que fundou o jornal em 1930 e orientou o seu percurso nos primeiros tempos, bem como o meu Pai, Adriano Mário da Cunha Lucas (1925-2011), que o prosseguiu, aprofundou e desenvolveu, durante mais de 60 anos. Ambos asseguraram, com o contributo de todos os colaboradores do Jornal, que o Diário de Coimbra se mantivesse, passados todos estes anos, fiel aos seus princípios fundadores.
Há 82 anos tal como hoje, somos um jornal informativo, republicano e liberal, defensor de Coimbra e das Beiras, da Liberdade de Imprensa, da economia de mercado, da regionalização e da plena integração e unificação europeia, da Europa das Regiões e dos Cidadãos. Após muitos anos de gastos e de endividamento excessivos e de muita irresponsabilidade de diversos governos na administração das finanças públicas, os tempos que se vivem em Portugal são difíceis e os que se aproximam serão provavelmente ainda mais complicados. Mas só enfrentando os problemas o futuro poderá ser diferente.
No Diário de Coimbra estamos determinados em superar quaisquer dificuldades, em continuar o mesmo percurso editorial que nos trouxe até aqui e em contribuir, através do que publicamos nas nossas páginas, para que Portugal ultrapasse a situação em que se encontra, se torne de novo competitivo e evite uma espiral de empobrecimento nos próximos anos, que será gravíssima se o País não se equilibrar e tiver de abandonar a moeda única. Temos de nos habituar a viver com menos, a reduzir custos, quer de mão-de-obra quer de todos os demais factores de produção, para que o País ganhe competitividade e para que as empresas se possam desenvolver, exportar mais e criar emprego.
Continuaremos no Diário de Coimbra a pugnar pelo reforço do projecto europeu e da unificação da Europa, que é também fundamental para ultrapassarmos dificuldades como as que estamos a enfrentar. Será especialmente no espaço europeu, através do aumento dos salários e dos preços em países como a Alemanha, onde tal é possível, que poderá haver maior procura para as exportações dos países do sul da Europa, ajudando ao seu reequilíbrio. Nunca deixaremos, também, de pugnar pela rápida liberalização da nossa economia; pela redução drástica dos chamados “custos de contexto” que asfixiam as empresas - pela desburocratização, pela descentralização e pela redução do peso do Estado; pelo desmantelamento dos monopólios, como é o caso do sector eléctrico, onde se cobram rendas excessivas e se aumentam os preços, em vez de se reduzirem como seria indispensável, prejudicando-se o desenvolvimento do País para benefício de apenas alguns.
Com o apoio dos nossos leitores e anunciantes esperamos continuar a cumprir esta nossa missão informativa por muitos mais anos, ao serviço da Cidade, da Região e do País». In Adriano Callé Lucas, Diário de Coimbra.

Parabéns
JDACT