domingo, 13 de maio de 2012

Fascínios da Matemática. O Calendário Azteca. «Em 1790, foi descoberta a “pedra do sol azteca” ou calendário de pedra, por altura da realização de trabalhos de reparação numa catedral da Cidade do México. A catedral tinha sido construída num local onde existia um antigo templo piramidal “Tenochtitlán”»


Cortesia de wikipedia

O Calendário Azteca
«O “calendário” foi um dos mais remotos e importantes dispositivos de cálculo, um sistema para medir e registar o fluir do tempo.
Ao compreender que a natureza apresenta uma sequência regular de estações que controla as colheitas, os povos antigos tentaram estabelecer uma correlação entre o dia solar, o ano solar e o mês lunar.

Uma vez que o mês lunar é cerca de 29 dias e 12 horas e o ano solar é 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos, não foi possível dividir o ano solar num número inteiro de meses lunares. Neste facto reside o maior problema em desenvolver calendários consistentes. Mesmo o calendário que usamos actualmente não é consistente, pois todos os anos múltiplos de 100 que não são divisíveis por 400 (por exemplo 1700,1800 ou 1900) têm de perder o seu dia adicional, apesar de serem anos bissextos.
Os aztecas tinham dois calendários, “o calendário religioso” era importante para fins cerimoniais e não tinha nenhuma relação com o mês lunar ou o ano solar. A data do nascimento fazia parte do nome dos aztecas.

Este calendário era formado por vinte signos e treze números, organizados num ciclo fixo de 260 dias. O segundo calendário era determinado pela agricultura e tinha 365 dias (Os aztecas foram buscar muitos elementos às civilizações Tolteca e Maia, nomeadamente várias partes do seu calendário). Os movimentos cíclicos dos corpos celestes possibilitaram aos aztecas o ajustamento do calendário, prevendo com rigor fenómenos como os eclipses.

Cortesia de wikipedia

Em 1790, foi descoberta a “pedra do sol azteca” ou calendário de pedra, por altura da realização de trabalhos de reparação numa catedral da Cidade do México. A catedral tinha sido construída num local onde existia um antigo templo piramidal “Tenochtitlán”. O disco circular tem cerca de 3,6 metros de diâmetro e pesa 26 toneladas. Nele está registada a história do mundo, segundo a cosmologia azteca.

Cortesia de wikipedia

Ao centro, está representado o “deus do sol, Tonatiuh. À sua volta aparecem os “quatro sóis”, ou “mundos cosmogónicos (Tigre, Água, Vento e Chuva de Fogo”), indicando as eras anteriores aos aztecas. É também aqui que estão representados os símbolos do desenvolvimento histórico. Outra coroa é formada por vinte figuras (crocodilo, vento, casa, lagarto, serpente, morte, veado, coelho, água, cão, macaco, erva, cana, jaguar, águia, abutre, terramoto, sílex, chuva e flor) e representa os vinte dias do mês azteca».
In Theoni Pappas, The Joy of Mathematics, Fascínios da Matemática, Editora Replicação, Lda, 1ª edição, 1998, ISBN 972-570-204-2.


 Cortesia de Theoni Pappas/JDACT