domingo, 9 de dezembro de 2012

FCG. As Idades do Mar. I. A Idade Infinita. «Procuram-se com melancolia as matrizes dos tempos primeiros e perfeitos, com regressos às referências das culturas clássicas mediterrânicas. Procuram-se também as dimensões simbólicas e místicas do mar, onde a presença humana parece não poder existir…»

 Natureza-Morta com Peixes, 1925. Óleo sobre tela. 
Giorgio de Chirico (1888-1978.Foto de Antonio Idini.
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Fundação Calouste Gulbenkian. Sala de Exposições Temporárias da Sede. Até ao pf dia 27 de Janeiro de 2013.

«As imagens do mar servem desejos de evasão, tanto de constrangimentos concretos como de estruturas civilizacionais. Procuram-se com melancolia as matrizes dos tempos primeiros e perfeitos, com regressos às referências das culturas clássicas mediterrânicas. Procuram-se também as dimensões simbólicas e místicas do mar, onde a presença humana parece não poder existir, sendo território de criação divina. Como num regresso ao princípio, as imagens do mar esvaziam-se finalmente na ostentação pura das águas separadas dos céus, as próprias dimensões das pinturas desejando evocar a imensidão do mar. É um desejo paradoxal. Tanto apela à infinitude e transcendência, no seu esquematismo simbólico e grandeza física, tendente para uma serenidade que se imagina inicial e convoca o sentimento da eternidade, como nos convulsiona em visões turbulentas, feitas de emoção, sentimento e vertigem». In Teresa Pizarro, Molduras, As Artes na Antena 2.





Cortesia da FCG


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