segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

FCG. As Idades do Mar. III. A Idade das Tormentas. «… estas pinturas centram-se tanto no motivo das tormentas como no dos naufrágios que delas resultam, numa luta entre a força monumental da Natureza e a audácia humana para nela navegar»

“Quillebeuf, foz do Sena”. 1833. Óleo sobre tela, Joseph Turner (1775-1851).
 Foto de  catarinaFerreira
jdact

Fundação Calouste Gulbenkian. Sala de Exposições Temporárias da Sede. Até ao pf dia 27 de Janeiro de 2013.


«A morfologia dos mares agitados e dos acontecimentos meteorológicos a eles associados, matéria de assombro e pavor que os pintores foram registando, relativiza a dimensão humana perante a sua violência destruidora».

 

Num jogo entre objectivos documentais e representações cenicamente fantasiadas, estas pinturas centram-se tanto no motivo das tormentas como no dos naufrágios que delas resultam, numa luta entre a força monumental da Natureza e a audácia humana para nela navegar.
O sentimento trágico é acentuado na representação dos naufrágios, com o desaparecimento das embarcações e das pessoas e bens. O cenário do mar pode assim propiciar reflexões éticas e políticas sobre o drama social da perda do pescador enquanto sustento da família e suscita também meditações transcendentes sobre a vida dos homens como povo ou sobre a definitiva solidão existencial do indivíduo». In Teresa Pizarro, Molduras, As Artes na Antena 2, FCG.



Cortesia de Molduras/JDACT