segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Capa negra de saudade no 31. Alexandre Rezende. «Ai como é belo à luz da lua ouvir-se um fado em plena rua o cantador apaixonado trinando as cordas a cantar o fado»

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À meia noite ao luar
Alexandre Rezende
«À meia noite ao luar
vai pelas ruas a cantar
o boémio sonhador
e a recata donzela
de mansinho, abre a janela
à doce canção de amor.

Ai como é belo à luz da lua
ouvir-se um fado em plena rua
o cantador apaixonado
trinando as cordas a cantar o fado.

Dão-se as doze badaladas
ao ouvir-se as guitarradas
surge o luar que é de prata
e a recatada donzela
de mansinho abre a janela
vem ouvir a serenata».

Adeus à Sé velha
«Sentes que um tempo acabou
Primavera de flor adormecida
qualquer coisa que não volta, que voou
que foi um rio, um ar na tua vida
E levas em ti guardado
o choro de uma balada
recordações do passado
o bater da velha cabra

Capa negra de saudade
no momento da partida
segredos desta cidade
levo comigo p' ra vida

Sabes que o desenho do adeus
é fogo que nos queima devagar
e no lento cerrar dos olhos teus
fica a esperança de um dia aqui voltar
E levas em ti guardado
o choro de uma balada
recordações do passado
o bater da velha cabra

Capa negra de saudade
no momento da partida
segredos desta cidade
levo comigo p' ra vida».

JDACT