"Praia das Maçãs". 1918. Óleo sobre painel de madeira,
José Mallhoa (1855-1933), foto de Carlos Monteiro.
José Mallhoa (1855-1933), foto de Carlos Monteiro.
jdact e cortesia de molduras
Fundação
Calouste Gulbenkian. Sala de Exposições
Temporárias da Sede. Até ao pf dia 27 de Janeiro de 2013.
«Desde finais do século
XVII, as elites norte-europeias procuram, através do Grand Tour pela Europa, contactar tanto com a riqueza cultural e
artística como com o pitoresco dos lugares. Também o olhar dos pintores vai ser
influenciado pela procura destes valores, elegendo motivos curiosos em
paisagens selvagens e registando o efémero.
A partir de finais do século
XIX, o mar é pretexto para exploração pictórica autónoma, pelas matérias
resultantes da pincelada que restituem realidades sensorialmente mais intensas.
O mar como objecto preferencial de contemplação gera mimetismos entre os
estados anímicos do espectador e o mar nos seus diferentes tempos, originando
muitas vezes o impulso da partida e da viagem. A praia estabelece-se como lugar
de passeio das gentes burguesas, cuja circulação o caminho-de-ferro facilita. A
moda das grandes temporadas de veraneio massifica-se durante o século XX, por
impulsos sociais e lógicas sanitárias que levam à vulgarização dos banhos de
mar». In Teresa Pizarro, Molduras, As
Artes na Antena 2, FCG.
Cortesia de Molduras/JDACT