segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

FCG. Exposição. Alice no País das Ilustrações. «As imagens de cada um deles transportam o espectador para uma dimensão paralela ao texto, uma dimensão visual feita de cores, formas, texturas e relações volumétricas. Através da visão e da arte de cada artista, o público é levado a revisitar episódios e personagens, a comparar estilos»


Cortesia da fcg, Vladimir Clavijo, Chá para Alice
jdact

Com a devida vénia da FCG, Newsletter
Exposição até ao pf dia 10 de Fevereiro de 2013

«Celebrar a figura central do clássico de Lewis Carroll através de algumas das mais sugestivas ilustrações contemporâneas é o propósito da exposição Um Chá para Alice que a Fundação apresenta na sala de Exposições Temporárias. A exposição reúne uma centena de originais de alguns dos melhores ilustradores contemporâneos, 21 autores de 15 países, que apresentam o seu olhar único sobre uma obra que sempre constituiu uma inesgotável fonte de inspiração para artistas de todo o mundo: Alice no País das Maravilhas.
A mostra foi estreada no Story Museum, em Oxford, cidade que viu nascer há 150 anos esta narrativa, tornando-se, pouco a pouco, um dos contos mais universais e intemporais de sempre, hoje traduzido para mais de uma centena de idiomas. Imaginada por Ju Godinho e Eduardo Filipe, e apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, a exposição propõe mostrar várias representações visuais contemporâneas deste conto, que teve como primeiro ilustrador o próprio Lewis Carroll, que encheu o manuscrito original de desenhos, inspirando, em 1885, as magníficas ilustrações a preto e branco de John Tenniel, publicadas com a 1.ª edição. Em 1907, Arthur Rackham, talvez o expoente máximo da ilustração clássica inglesa, publica a primeira versão a cores. A partir daí, sucederam-se as mais diversas ilustrações até aos nossos dias. Algumas das mais notáveis podem ser agora vistas na Fundação até ao pf dia 10 de Fevereiro de 2013.
O eixo central da exposição, que confere o título e o tema do catálogo, é o emblemático episódio do chá do Chapeleiro Maluco e da Lebre de Março, que inspirou ilustrações tão diversas quantos os autores presentes, e que serão mostradas em mesas desenhadas para o efeito. Serão, ao todo, 21 mesas, uma por cada ilustrador, com formas e alturas distintas, formando uma espécie de “lagarta louca”, onde todas as ilustrações estarão expostas. Os artistas representados são Alain Gauthier, Lucie Laroche, Nicole Claveloux e Rebecca Dautrement (França), Anthony Browne, Helen Oxenbury e John Vernon Lord (Reino Unido), Chiara Carrer e Lisa Nanni (Itália), Anne Herbauts (Bélgica), Dusan Kallay (Eslováquia), Iban Barrenetxea (Espanha), Joanna Concejo (Polónia), Klaus Ensikat (Alemanha), Lisbeth Zwerger (Áustria), Maggie Taylor (EUA), Narges Mohammadi (Irão), Nelson Cruz (Brasil), Suzy Lee (Coreia do Sul), Teresa Lima (Portugal) e Vladimir Clavijo (Rússia).

Anthony Browne, Chá para Alice, FCG

Lisbeth Zwerger, Chá para Alice, FCG
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As imagens de cada um deles transportam o espectador para uma dimensão paralela ao texto, uma dimensão visual feita de cores, formas, texturas e relações volumétricas. Através da visão e da arte de cada artista, o público é levado a revisitar episódios e personagens, a comparar estilos, escolas e técnicas, a reconhecer influências culturais e a descobrir novas interpretações. A enquadrar a exposição, as paredes da sala vão ostentar algumas frases retiradas do livro, de modo a estabelecer uma ponte entre as duas dimensões, texto e imagem.
Barbara Scharioth, reconhecida especialista em literatura infantil e diretora da Biblioteca Internacional Infantil de Munique diz, tal como Virginia Woolf, que o segredo para este manancial de novas criações pictóricas inspiradas pela obra de Lewis Carroll reside no facto de se tratar do único livro no qual, verdadeiramente, nos tornamos crianças.
A estreita colaboração com a Biblioteca de Munique permite incluir nesta mostra um grande número de edições antigas e modernas deste conto que podem ser consultadas pelo público». In FCG, Newsletter, Novembro / Dezembro de 2012, Um Chá para Alice.

Cortesia da FCG/JDACT