O
ambientalismo como ideologia e instrumento político
«(…) Na estrutura de comando do ambientalismo,
encontramos: governos, EUA, Reino Unido, Canadá, Holanda e outros; órgãos
governamentais, principalmente, agências de ajuda internacional USAID,
DFID, CIDA etc.); fundações privadas, Rockefeller, Ford, MacArthur, C.S.
Mott etc; ONGs internacionais, WWF, UICN, World Resources Institute,
Friends of the Earth, Aspen Institute etc.
Os seus objectivos
podem ser assim sintetizados:
- obstaculizar a industrialização e o desenvolvimento socioeconômico no III Mundo, transferindo a influência sobre o processo dos Estados nacionais para entidades não-governamentais (governanção global);
- induzir pessimismo e descrença quanto às perspectivas da ciência e da tecnologia para o progresso, num processo de moldagem de crenças e modos de pensar dos estratos educados das sociedades;
- deter o crescimento demográfico;
- controlar reservas de recursos naturais.
A indústria aquecimentista
A institucionalização
do movimento ambientalista internacional como uma entidade que acabou ganhando
uma espécie de vida própria se mostra com toda clareza no conluio de interesses
estabelecido em torno do aquecimento global antropogénico, que vai além da
agenda do Establishment anglo-americano. De facto, o aquecimentismo converteu-se numa
verdadeira indústria que já movimenta valores da ordem das centenas de bilhões
de dólares por ano, envolvendo verbas oficiais e privadas para pesquisas
científicas e tecnológicas, incentivos fiscais para tecnologias de baixo carbono, campanhas de ONGs e
propagandísticas, lobbies
parlamentares e o florescente mercado de créditos de carbono.
Desde 1990, apenas o governo dos EUA gastou
32 bilhões de dólares em pesquisas referentes às mudanças climáticas, mais US$
36 bilhões no desenvolvimento de tecnologias e assistência sectorial ao
exterior. Somente em 2009, tais
gastos atingiram a casa de US$ 7 bilhões, além de outros US$ 3,4 bilhões para
projectos de sequestro de carbono. Para
muitos cientistas, semelhante cornucópia representa uma atracção irresistível,
além de implicar numa orientação das
pesquisas científicas para uma busca forçada de explicações antropogénicas para as mudanças
climáticas. Por outro lado, as verbas para as pesquisas que não consubstanciam
as teses alarmistas têm passado longe de tal generosidade.
Como resumiu a jornalista
australiana Joanne Nova: os cientistas financiados
por governos não precisam ser desonestos para que a ciência seja distorcida; eles
precisam apenas fazer o seu trabalho...; milhares de cientistas têm recebido verbas
para encontrar uma conexão entre as emissões de carbono humanas e o clima; poucos
têm recebido verbas para fazer o oposto; jogue 30 bilhões de dólares em uma
questão qualquer, como poderiam pessoas brilhantes e dedicadas não achar 800
páginas de conexões, vínculos, previsões, projecções e cenários? (o que é impressionante
é o que não encontraram, evidências empíricas). Mas a maior fonte de
rendimentos aquecimentistas
são os mercados de créditos de carbono, que movimentaram nada menos que 130
bilhões de dólares em 2009. Algumas
estimativas elevam esse potencial para a casa dos trilhões de dólares, caso
venham a ser aprovados acordos internacionais de vinculação obrigatória para a
limitação das emissões de carbono provenientes do uso de combustíveis fósseis,
como se pretendia na fracassada Conferência de Copenhague (COP-15),
em Dezembro de 2009.
O chefe do Comité
Assessor para Mercados de Energia e Ambientais da Comissão de Comércio de
Futuros de Mercadorias (CFCC) dos EUA, Bart Chilton, prevê que, até 2014, o mercado de carbono poderá
chegar a 2 trilhões de dólares em transacções anuais, convertendo-se no maior
mercado de commodities do mundo. Seu colega Richard Sandor,
executivo-chefe da Bolsa de Valores Climáticos (Climate Exchange PLC) de
Londres, a maior do mundo, é ainda mais optimista, antevendo um mercado de 10
trilhões de dólares anuais, a maior commodity não financeira do mundo.
Nada mal, para instrumentos financeiros desprovidos de qualquer valor económico
real, excepto para quem os transaciona, verdadeiros futuros de fumaça». In Geraldo Luís Lino, Comunicação, 2009,
Alguns factos básicos sobre mudanças climáticas, autor do livro A fraude do aquecimento global: como um
fenómeno natural foi convertido numa falsa emergência mundial, Capaz Dei, 2009,
Oikos, Volume 9, Rio de Janeiro, 2010, ISSN 1808-0235.
Cortesia de
Oikos/JDACT