sábado, 7 de julho de 2012

História (quase) secreta do aquecimento global. Geraldo Luís Lino. Blog de Rui Moura. «O impulso geral era claro: os EUA e o mundo deveriam se mover para acabar com o crescimento populacional e a proteção do meio ambiente deveria receber uma importância igual ou maior do que a melhoria dos níveis de vida…»



Cortesia de ruimoura

In Memoriam de Rui Moura

«Essa tendência, em parte articulada como uma visão de mundo nos escritos de Thomas Malthus, toma o que podem ser preocupações razoáveis sobre temas como a qualidade do ar e da água e as reveste de uma ideologia profundamente hostil ao progresso econômico e à maioria dos seres humanos…
O impulso geral era claro: os EUA e o mundo deveriam se mover para acabar com o crescimento populacional e a proteção do meio ambiente deveria receber uma importância igual ou maior do que a melhoria dos níveis de vida… O crescimento econômico e a tecnologia eram vistos como problemas. (…)
Em síntese, a estratégia hegemônica do Establishmenet oligárquico visava, basicamente:
  • transferir o controle dos processos de desenvolvimento, dos Estados nacionais para entidades supranacionais e não-governamentais, consolidando estruturas de “governo mundial” (ou “governança global”); 
  • erradicar o “vírus do progresso” entre os estratos educados das sociedades de todo o mundo, com a difusão do irracionalismo e da descrença nas conquistas científico-tecnológicas como motores do desenvolvimento; 
  • reduzir o crescimento da população mundial; 
  • controlar uma grande proporção dos recursos naturais do planeta.
Por esses motivos, não admira que a agenda ambientalista não priorize os grandes problemas ambientais realmente enfrentados pela maioria da população mundial. Em vez disto, por exemplo, os “verdes” têm em seu currículo: o banimento do inseticida DDT, responsável pela preservação de literalmente centenas de milhões de vidas em todo o mundo, evitando que fossem vitimadas por doenças transmitidas por insetos; o banimento dos clorofuorcarbonos (CFCs), versáteis produtos químicos que possibilitaram a popularização da refrigeração e seus incontáveis benefícios; um atraso de décadas nos usos pacíficos da energia nuclear; a obstaculização de incontáveis projetos de infra-estrutura energéticos e viários; e outras façanhas de igual calibre. Enfim, quase invariavelmente, os alvos principais das suas ruidosas campanhas têm sido elementos que são sinónimo de bem-estar e progresso, principalmente nos países em desenvolvimento.
Desde as fases iniciais da formação do movimento, o potencial de utilização dos fenômenos atmosféricos para a sua agenda antidesenvolvimento não passou despercebido pelos mentores do ambientalismo. Por isso, propostas como estabelecimento de uma legislação internacional referente aos impactos das atividades humanas na atmosfera, a criação de um organismo supranacional para implementá-la e a imposição de custos adicionais na utilização de combustíveis fósseis, como impostos ou, até mesmo, o estabelecimento de cotas de emissões de CO2, vêm sendo discutidas há décadas e nada têm de novidades.

Já em 1963, a Fundação Conservação patrocinou uma conferência sobre as “Implicações do crescente conteúdo de dióxido de carbono da atmosfera”, a qual foi presidida por Charles David Keeling. O relatório da conferência alertava que a duplicação do CO2 prevista para o século XXI poderia provocar uma elevação de até 4 ºC nas temperaturas, o que provocaria o derretimento de geleiras, elevação do nível do mar, inundação de áreas costeiras e outros problemas cuja descrição se tornaria lugar comum nos prognósticos catastrofistas sobre o assunto.
Em contraste, no mesmo ano, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) convocou uma conferência em Roma para discutir os efeitos do “resfriamento global” sobre a produção mundial de alimentos. O principal especialista ouvido foi o climatologista inglês Hubert H. Lamb, diretor do Centro de Pesquisas Climáticas da Universidade de East Anglia e um renomado especialista dos climas do passado, além de opositor da tese simplista de que o CO2 teria uma influência determinante no clima». In Rui Moura, Blog Mitos Climáticos, Geraldo Luís Lino, Maio, 2010.

continua
Cortesia do Blog de Rui Moura/Mitos Climáticos/JDACT