À Luz da Lua!
Íamos sós pela floresta amiga,
onde em perfumes o luar se evola,
olhando os céus, modesta rapariga!
Como as crianças ao sair da escola.
Em teus olhos dormentes de fadiga,
meio cerrados como o olhar da rola,
eu ia lendo essa balada antiga
d'uns noivos mortos ao cingir da estola...
A Lua-a-Branca, que é tua avozinha,
cobria com os seus os teus cabelos
e dava-te um aspecto de velhinha!
Que linda eras, o luar que o diga!
E eu compondo estes versos, tu a lê-los,
E ambos cismando na floresta amiga...
onde em perfumes o luar se evola,
olhando os céus, modesta rapariga!
Como as crianças ao sair da escola.
Em teus olhos dormentes de fadiga,
meio cerrados como o olhar da rola,
eu ia lendo essa balada antiga
d'uns noivos mortos ao cingir da estola...
A Lua-a-Branca, que é tua avozinha,
cobria com os seus os teus cabelos
e dava-te um aspecto de velhinha!
Que linda eras, o luar que o diga!
E eu compondo estes versos, tu a lê-los,
E ambos cismando na floresta amiga...
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