terça-feira, 22 de março de 2016

A Grande Heresia. Lynn Picknett e Clive Prince. «Durante séculos ela tem sido uma das obras de arte mais famosas do mundo. A Última Ceia de Leonardo da Vinci é o único fragmento restante da igreja de Santa Maria delle Grazie, nos arredores de Milão»

Cortesia de wikipedia e jdact

«Leonardo da Vinci foi a razão de iniciarmos a busca que nos levaria a escrever este livro. Foi a partir da nossa pesquisa sobre este fascinante porém ardiloso génio do Renascimento, e a sua participação na falsificação do Sudário de Turim, que iniciamos uma investigação muito mais ampla e profunda relacionada à questão das heresias que, secretamente, teriam guiado as suas ambições. Buscávamos descobrir no que estava ele metido, o que sabia e no que acreditava e a razão de ter empregado certos códigos e símbolos na obra que legou à posteridade. Temos, então, que agradecer a Leonardo pelas descobertas que realizámos, descobertas que resultaram neste livro, embora saibamos que este agradecimento é um tanto dúbio. À primeira vista parece ser algo estranho que fôssemos atraídos para esse mundo complexo e, com frequência, tenebroso de sociedades secretas e de crenças heterodoxas. Afinal de contas, Leonardo é conhecido por todos como sendo ateu e racionalista. Entretanto, viríamos a descobrir que ele não era exactamente assim. De qualquer modo, após um breve espaço de tempo nós o deixamos para trás e nos vimos sozinhos enfrentando algumas deduções profundamente perturbadoras. O que se havia iniciado como uma modesta e interessante pesquisa sobre alguns cultos que acreditávamos pouco difundidos, acabou por tornar-se uma investigação sobre as próprias raízes e crenças do cristianismo. Essa foi, essencialmente, uma jornada através do tempo e do espaço: primeiro, de Leonardo até aos dias de hoje, e então de volta à época anterior ao Renascimento, passando pela Idade Média até chegar à Palestina do primeiro século, onde se desenrolou o drama escrito com as palavras e acções de nossos três protagonistas principais: João Baptista, Maria Madalena e Jesus. Durante essa jornada tivemos que parar e examinar muitas organizações e grupos secretos com um olhar completamente novo e objectivo: os Maçons, os Cavaleiros Templários, os Cátaros, o Monastério de Sion, os Essénios e o culto de Ísis e Osíris. Esses assuntos, é claro, já foram discutidos recentemente em muitos outros livros, em particular por The Holy Blood and the Holy Grail, de Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln, que de início nos serviu de inspiração; The Sign and the Seal, de Graham Hancock; The Temple and the Lodge, de Baigent e Leigh, e, mais recentemente, The Hiram Key, de Christopher Knight e Robert Lomas. Temos um débito de gratidão para com todos esses escritores pela luz que lançaram nas nossas áreas de investigação, mas acreditamos que nenhum deles chegou a encontrar a chave essencial para se atingir o âmago desses mistérios. E não causa surpresa alguma que assim tenha sido. Toda a nossa cultura se baseia em certos pressupostos relacionados ao passado, e em particular ao cristianismo, o carácter e as motivações do seu fundador. Se esses pressupostos estiverem errados, então as conclusões neles baseadas estarão muito longe da verdade ou no mínimo apresentarão uma visão distorcida dos factos. Quando nos confrontamos pela primeira vez com as conclusões perturbadoras que expusemos neste livro, pensamos ter cometido um engano. Mas foi chegada uma hora em que tivemos que tomar uma decisão: deveríamos continuar as investigações e publicar as nossas conclusões ou deveríamos simplesmente esquecer que havíamos um dia realizado essas descobertas cruciais? Decidimos seguir em frente; afinal, este livro parece ser uma sequência natural daqueles que foram citados acima e portanto já era chegada a hora de se materializar. Ao investigar as crenças ocultas de milhares de heréticos ao longo dos séculos, descortinamos um quadro espantosamente consistente. Por trás das tradições dos mais diversos grupos, aparentemente sem qualquer relação entre si, encontramos os mesmos segredos ou no mínimo segredos muito semelhantes. De início pensamos que essas sociedades eram secretas por uma questão de costume ou talvez por afectação, mas agora compreendemos o porquê da necessidade de se manter o conhecimento afastado das autoridades e especialmente longe das mãos da Igreja. O centro da questão, entretanto, não está em saber no que eles acreditavam, mas sim em saber se essas crenças baseavam-se ou não em alguma coisa sólida. Pois se assim é, e se o mundo herético realmente guardou a chave perdida da cristandade, então estamos diante de um cenário verdadeiramente revolucionário. Este livro relata oito anos de investigações em um terreno bastante inexplorado, pois, embora outros tenham feito mapas que nos mostraram por onde caminhar, as suas indicações terminaram muito antes de onde acabaríamos por chegar». In Lynn Picknett e Clive Prince

O Código Secreto de Leonardo da Vinci
«Durante séculos ela tem sido uma das obras de arte mais famosas do mundo. A Última Ceia de Leonardo da Vinci é o único fragmento restante da igreja de Santa Maria delle Grazie, nos arredores de Milão. A parede em que está pintada foi a única que permaneceu de pé após o bombardeio aliado na II Guerra Mundial ter transformado em ruínas a antiga construção. Embora outros artistas admiráveis como Ghirlandaio e Nicolas Poussin e até mesmo o idiossincrático pintor Salvador Dali tenham apresentado ao mundo as suas visões dessa cena bíblica repleta de significados, é a obra de Leonardo que, por alguma razão, parece ter sido capaz de capturar a imaginação da maioria de nós». In Lynn Picknett e Clive Prince, A Grande Heresia, O Segredo da Identidade de Cristo, 2000, tradução de Adriano Sandoval, Editora Beca, 2000, ISBN 978-858-725-617-1.

Cortesia de EBeca/JDACT