terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A Um Deus Desconhecido. 1933. John Steinbeck. «O modo como os homens tentam controlar as forças da natureza, e ao mesmo tempo compreender a sua relação com Deus e com o inconsciente»

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«Ele é que nos faz respirar e a força é dádiva Sua.
As altas divindades respeitam os Seus mandamentos.
A Sua sombra é Vida, a Sua sombra é Morte;
quem é Ele, a quem oferecemos o nosso sacrifício?

Apesar do Seu poder, tornou-se senhor da vida e do mundo resplandescente.
E governa o mundo, os homens e as bestas.
Quem é ele, a quem oferecemos o nosso sacrifício?

Da Sua força as montanhas tomaram forma, e também o mar
e o distante rio;
São esses o Seu corpo e os Seus dois braços.
Quem é Ele, a quem oferecemos o nosso sacrifício?

Fez o Céu e fez a Terra e, pela Sua vontade, ocuparam os seus lugares,
Contudo, olham-No e estremecem.
O Sol nascente brilha sob a Sua vontade.
Quem é Ele, a quem oferecemos o nosso sacrifício?

Olhou sobre as águas que entesouram o Seu poder e engendraram a imolação.
É o Deus dos Deuses.
Quem é Ele, a quem oferecemos o nosso sacrifício?

Que não nos fira Aquele que fez a Terra,
que fez o Céu e o Mar reluzente?
Quem é o Deus a quem oferecemos sacrifícios?»
Poema de John Steinbeck, in ‘A Um Deus Desconhecido’



Cortesia Livros do Brasil/JDACT