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sábado, 1 de dezembro de 2012

Mitos Climáticos Rui Gonçalves Moura. «Estudei nos livros… pelas sete partidas do mundo e neles vibrei com grandes e pequenas coisas, arrisquei… não por consciente e deliberada opção, que de herói tenho pouco, mas porque teve de ser e não o pude evitar…»

Cortesia de ruimoura e jdact

In Memoriam a Rui Moura.

De acordo com o original.

Modelos meteo-clima

«A meteorologia e a climatologia atravessam uma crise profunda de conceitos e de explicações dos mecanismos do tempo e do clima. Não acompanharam a revolução das observações dos satélites.
Por exemplo: - Qual é a origem do anticiclone (alta pressão) dito dos Açores?; - Qual é a origem da depressão (baixa pressão) dita da Islândia?; - Qual é a origem do índice que mede a diferença entre as pressões destas duas zonas?; - Qual é a origem das superfícies frontais frias e quentes? As escolas, linhas de pensamento, da meteorologia e da climatologia que não acompanharam nem reflectiram sobre as indicações observadas com o aparecimento dos satélites não conseguem explicar as causas daqueles fenómenos. Pois a Natureza pregou uma partida na altura da entrada em força” do Protocolo de Quioto e deu uma lição em tempo real de dinâmica do tempo. De facto, esta tem sido (e ainda continua a ser) precisamente inversa à do efeito de estufa antropogénico (frio/seco em vez de frio/húmido; no Verão será quente/seco em vez de quente/húmido).
A dinâmica do tempo no Inverno de 2004-2005, relativamente ao hemisfério Norte, frio e seco, refuta a teoria de que o efeito de estufa antropogénico é responsável pelo aquecimento global. A cadência diária e a potência dos anticiclones móveis polares que têm nascido no Árctico e na Gronelândia – nomeadamente os dos dias 27 e 28 de Fevereiro que cobriram a Escandinávia, e os dos dias 1, 2 e 3 de Março que invadiram a França e a Espanha, alcançando o Mediterrâneo (com neve mesmo no Magrebe!) – apresentaram uma dinâmica inversa da considerada nos modelos que, mais uma vez, se mostraram incapazes de prever uma tal situação.
Os anticiclones móveis polares são os principais responsáveis pelas variações da pressão, da direcção e da velocidade do vento, da temperatura - tanto no aquecimento como no arrefecimento - (desmistificam o conceito de aquecimento global devido aos gases com efeito de estufa de origem antropogénica), da humidade, da nebulosidade e da pluviosidade, directamente e de maneira evidente (visível pelos satélites) nas zonas fora dos trópicos e atenuada nas regiões tropicais. Eles são (com graus diversos) responsáveis tanto pela variação perpétua do tempo como pela variabilidade do clima, em todas as escalas temporais.
Daí que os modelos baseados em concepções erradas não podem estar correctos. Só por milagre, e na Física não existem milagres. Por isso, o que os modelos apontam (em 2100!!!) não tem qualquer significado físico, científico ou climático. A realidade está constantemente a refutar as conclusões dos modelos.

Pergunta-se então: quem fez aumentar a pressão em certos sítios (e baixar noutros)? Foram os anticiclones móveis polares (AMP) que nascem, no hemisfério Norte, no Árctico e na Gronelândia que tiveram uma actividade acrescida a partir da década de 70 (talvez 1977), com um tempo mais rigoroso e violento. Isto é, alterou-se a chamada circulação geral que provoca as transferências de energia entre os pólos (donde vem frio) e os trópicos (donde vem calor). E quem foi o responsável desta mudança mais ou menos súbita? A resposta a Deus pertence e sempre houve, desde o big-bang, estas variações mais ou menos bruscas.
O aquecimento global previsto nos modelos aqueceria os pólos, diminuiria o gradiente de temperatura latitudinal e diminuiriam as tormentas (o Verão é sempre mais calmo!). Ora nada disto aconteceu. Os pólos arrefeceram, contrariamente ao que apontam os modelos, e os AMP tornaram-se mais potentes e mais frequentes (cerca de 1 por dia). A potência deles diminui no Verão
». In Mitos Climáticos, mensagem de 2005, Março 31.

Rui Gonçalves Moura morre aos 80 anos de idade, a 27 de Junho de 2010.

Amizade para um Académico.
JDACT

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Rui Gonçalves Moura: O efeito de estufa urbano. «Na cidade forma-se, acima das coberturas, uma camada urbana de ar (urban boundary layer). Essa camada tem uma espessura da ordem de 200 a 300 metros durante a noite. Durante o dia, pode ser superior a 500 metros»

Cortesia de ruimoura

(1930-2010)
Cortesia de autoextincaobnode

In Memoriam a Rui Moura.

O «efeito de estufa» urbano.
«Os estudos da evolução das temperaturas máxima, mínima e média das cidades mostram, de um modo geral, que foram as mínimas que se elevaram progressivamente. Esta tendência verificou-se, sobretudo, a partir dos anos 1950.
Foram pois as temperaturas nocturnas que subiram. As temperaturas nocturnas, mais do que as diurnas, marcam mesmo a evolução da temperatura média. De facto, de um modo geral, a temperatura máxima não apresenta uma clara evolução de subida.
Todas estas conclusões têm justificação nas urbanizações citadinas. T. R. Oke no livro Boundary Layer Climates apresenta as seguintes causas principais para estas conclusões:

Cortesia de ruimoura
  • O espaço urbano produz uma diminuição do albedo em relação ao espaço circundante (donde uma absorção relativamente mais elevada da radiação solar);
  • A poluição contida no interior do volume urbanizado conduz a uma atenuação da radiação solar directa da ordem de 5 % a 10 %;
  • No entanto, essa redução é compensada por um aumento da radiação difusa devida à poluição (no infravermelho, as partículas em suspensão aumentam a difusão);
  • O armazenamento do calor (que se acumula no Inverno com o excesso da actividade humana diurna e a respectiva emissão antropogénica) provoca um desfasamento térmico de uma a duas horas (em relação ao ritmo cósmico diurno);
  • Os edifícios citadinos fazem com que haja uma diminuição da velocidade do vento em razão da rugosidade das superfícies que encontra no seu trajecto.
Estas causas traduzem-se no efeito de temperaturas mais elevadas na parte central dos aglomerados urbanos que formam uma ilha de calor urbano decrescente do centro para a periferia. O efeito desta ilha de calor evidencia-se sobretudo à noite.

Albedo
Cortesia de ruimoura
Na cidade forma-se, acima das coberturas, uma camada urbana de ar (urban boundary layer). Essa camada tem uma espessura da ordem de 200 a 300 metros durante a noite. Durante o dia, pode ser superior a 500 metros.
O estrato inferior da camada, ou camada de superfície, é turbulento (especialmente de dia) em razão das trocas permanentes de calor e humidade. A camada de superfície é estável durante a noite. Durante o dia, pelo contrário, apresenta-se como uma camada mista instável.
A camada de superfície nocturna é quente e o ar poluído está concentrado nas baixas camadas em razão da relativa estabilidade do ar. Ela adensa-se durante o dia e torna-se instável. A taxa de poluição diminui com o acréscimo do volume de ar correspondente.

Ilha de calor urbano (Marcel Leroux)
Cortesia de ruimoura
As condições óptimas para a formação da cúpula de calor encontram-se presentes durante a noite. Tanto de dia como de noite, as condições óptimas são favorecidas pelos seguintes factores:
  • Pelo ar anticiclónico (que reduz a espessura da camada urbana, nomeadamente de noite, e concentra a poluição);
  • Pelo tempo claro (a nebulosidade nivela as condições urbanas e rurais);
  • Pelo vento fraco ou calmo (que não dispersa a poluição).
Já se viu anteriormente que estas são condições que se encontram numa estabilidade anticiclónica provocada pelas aglutinações dos anticiclones móveis polares.
A alteração térmica introduzida pela urbanização das cidades (urban bias) é estimada em valores divergentes consoante as fontes. O extremo superior aponta para metade do valor indicado para a subida do índice «temperatura média global» no século passado.
Mas acima destes fenómenos locais está a dinâmica da circulação geral da atmosfera. Será esta que analisaremos, oportunamente, em relação ao espaço aerológico regional que interessa a Portugal». In Mitos Climáticos, mensagem de 2010, Janeiro 19.

Rui Gonçalves Moura morre aos 80 anos de idade.
JDACT