domingo, 22 de agosto de 2010

Duarte Galvão: Um cronista e diplomata português. A sua única obra conhecida é a Chronica do Muito Alto e Muito Esclarecido Príncipe D. Afonso Henriques, Primeiro Rey de Portugal, de 1505

(1446-1517)
Évora, ?
Cortesia de geneall
Duarte Galvão foi um cronista e diplomata português.
Este cronista, adepto dos ideiais de Joaquim da Flora (Beato Joaquín de Fiore, 1135-1202, foi abade e monge italiano nascido em Calabria na Idade Média; os seus seguidores eram denominados por Joaquinitas e iniciaram um movimento heterodoxo que propunha uma observância mais estrita da Regra franciscana), ligado ao culto do Espírito Santo. A sua única obra conhecida é a Chronica do Muito Alto e Muito Esclarecido Príncipe D. Afonso Henriques, Primeiro Rey de Portugal, de 1505.
Cortesia da Biblioteca Nacional Digital
Em 1515, já septuagenário, foi nomeado para chefiar a embaixada enviada à Etiópia, acompanhando o regresso de Mateus, emissário da rainha Helena ao rei D. Manuel I, onde seguia na companhia do padre Francisco Álvares. A embaixada partiu a 7 de Abril na Armada do novo governador da Índia, Lopo Soares de Albergaria, que em 1517 no Mar Vermelho falhou a tentativa de os desembarcar.
Duarte Galvão morre aí, antes de chegar ao destino, na Ilha do Camarão. Para o substituir foi nomeado D. Rodrigo de Lima, que chegou à Etiópia em Abril de 1520.

Vista de Lisboa
Iluminura da Chronica do Primeiro Rey de Portugal
Cortesia de espacoazulentreasnuvens

Duarte Galvão era filho de Rui Galvão, escrivão da puridade (equivalente a primeiro-ministro nos tempos actuais) de D. Afonso V e notário geral do Reino. Existem várias versões sobre a data do seu nascimento, em 14381445 ou 1446. Recebeu várias missões oficiais ainda durante o reinado de D. Afonso V e foi secretário de D. João II e de D. Manuel I, que lhe confiou diversas embaixadas.

Cortesia de sebofino
Por vontade de D. Manuel I escreveu a Crónica do Mui Alto e Mui Esclarecido Príncipe D. Afonso Henriques, Primeiro Rei de Portugal, «uma cópia da qual conservada na Torre de Tombo, foi publicada em folio por Miguel Lopes Ferreira em Lisboa em 1726 ou 1727. Deixou ainda vários textos, entre os quais a Carta a Afonso de Albuquerque (publicada em 1903, no III volume das Cartas de Afonso de Albuquerque) e Carta ao Secretário de Estado António Carneiro (provavelmente escrita em 1514)». In Leonel Vicente, via «História de Portugal – Dicionário de Personalidades», coordenação de José Hermano Saraiva, edição QuidNovi, 2004.

carreiradaindia