segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Pedra de Dighton: Um bloco de rocha cuja superfície está recoberta de inscrições. As teorias (de entre outras) atribuem as incrições a navegadores portugueses. A Miguel Corte Real de acordo com uma teoria postulada em 1918 por Edmund B. Delabarre e defendida numa obra publicada em 1929

Cortesia de cmfunchal

Com a devida vénia a Cândido Mesquita, publico algumas palavras.

«Vale a pena alargar os horizontes e partir para a descoberta do Dighton Rock State Park, criado pelo Senador Estadual Edmund Dinis em 1954, (saida 10 da auto-estrada 24, Berkley, Massachusetts) e aí visitar o Museu da Pedra de Dighton, inaugurado em 1977. É uma visita obrigatória para quem viaja por estas paragens e gosta de conjugar beleza com páginas célebres da nossa história».

Cortesia de dightonrock
«Existem ali provas que o navegador português Miguel Corte Real, visitou o local em 1511 e no Museu é possível ver ainda paineis explicando as inscrições da famosa Pedra de Dighton (dentro de uma vitrina octagonal) e objectos associados com os descobrimentos portugueses. Possui uma réplica da caravela «Victória» de Fernão de Magalhães (oferta do Rei D. Carlos de Espanha), assim como uma réplica da «Nau São Gabriel» de Vasco da Gama (oferta do Museu da Marinha de Lisboa). Mostra a única «Litocolagem» do mundo de Chipi Tegu e ainda um impressionante Padrão dos Descobrimentos, em marmore (oferta da Fundação Gulbenkian).
Das águas calmas do rio Taunton a Pedra de Dighton foi elevada com uma grua sendo construído aí o Museu que assim entrou no leito do rio. Anteriormente as 40 toneladas de rocha de granito areoso, estiveram no rio cobertas com água e gelo. Por muito estranho que pareca estas condições adversas protegeram as inscrições de serem mais vandalizadas».

Cortesia de topazio1950
«Sabendo dos grandes feitos dos portugueses que descobriram os caminhos marítimos para a Índia, África, Extremo Oriente e Américas, seria irónico ignorarmos uma verdade surpreendente revelada em 1918, por Edmund Burke, psicologista na Universidade de Brown, em Providence, Rhode Island. Burke detectou o nome de Miguel Corte Real e a data de 1511 gravados na Pedra de Dighton. Em 1951 José Dâmaso Fragoso descobriu três cruzes da Ordem de Cristo. Em 1960 Manuel Luciano da Silva apresentou no I Congresso Internacional dos Descobrimentos em Lisboa, toda a documentação sobre a teoria portuguesa, concluindo a apresentação da seguinte forma:

«A semelhança entre estes padrões portugueses tantos milhares de milhas afastados uns dos outros (referindo-se a outros Padrões Portugueses espalhados pelo mundo) é deveras impressionante. Todos têm gravações com o mesmo escudo das armas portuguesas, com a mesma Cruz da Ordem de Cristo e com o mesmo estilo de algarismo. “Todos estes Padrões foram gravados por navegadores que receberam o mesmo treino e instrução na Escola Nãutica do Infante D. Henrique, em Sagres, Portugal».

Manoel de Oliveira
Cortesia de perolasacorianas
«Delabarre, Fragoso e Luciano da Silva, todos eles dedicaram mais de trinta anos das suas vidas a investigar e a acertar a teoria Portuguesa da Pedra de Dighton. Eles próprios, segundo documentação, examinaram no local, muitas vezes a face da Pedra, em alturas diferentes das marés, quer de dia quer de noite, até com luz razante. O Médico e Historiador Manuel Luciano da Silva, que recentemente inaugurou na sua terra natal, Cavião, Vale de Cambra, uma Biblioteca-Museu, tem ao dispor dos nossos leitores um Portal na Internet onde poderão obter todas as informações relacionadas com este texto e muito mais». In Cândido Mesquita. 


Cortesia dewikipédia/Manuel Luciano da Silva/Museu da Pedra de Dighton/JDACT