sábado, 14 de maio de 2011

Alves Redol e Manuel da Fonseca: O ciclo histórico do Neo-Realismo português no centenário do nascimento dos dois escritores.

 Cortesia de bnp 

Alves Redol, Manuel da Fonseca e o ciclo histórico do Neo-Realismo português.
«No centenário do nascimento dos dois escritores, a mostra bibliográfica pretende situar a obra de ambos no contexto histórico em que a corrente neo-realista configurou um ciclo de pertinência (1937-1959) de uma opção realista na literatura e na arte, não obstante as soluções de mediação estética diversas. Ora, justamente, o autor de Glória, uma Aldeia do Ribatejo e do romance Gaibéus, com forte influência etnográfica inicial, surge na linha de um realismo documental que forma dicotomia com o autor dos poemas de Rosa dos Ventos ou dos contos de Aldeia Nova, cujo realismo é marcadamente lírico.

Alves Redol (1911-1969) e Manuel da Fonseca (1911-1991) iriam posteriormente evoluir:
  • o primeiro para a sua obra clássica, abandonada a tendência para a recolha de campo, a partir do romance A Barca dos Sete Lemes, em 1958, a Muro Branco, de 1966;
  • o segundo, abandonada a tematização alentejana, deu lugar aos temas citadinos de Um Anjo no Trapézio, de 1968, ou de Tempo de Solidão, em 1969.

O cabeçalho do artigo mostra os dois autores, em fotografia,pormenor, de cerca de 1940, da Col. de António da Mota Redol». In Biblioteca Nacional de Portugal.

Cortesia de BN de Portugal/JDACT