quarta-feira, 23 de março de 2011

Carmen Reinhart: «Portugal cinco vezes na Bancarrota. Os problemas financeiros portugueses não são a novidade do século XXI. O primeiro incumprimento de Portugal foi em 1550, quando se lutava (e gastava) pela expansão lusitana em nome de D. Sebastião...»

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«Os problemas financeiros portugueses não são a novidade do século XXI. Carmen Reinhart, economista da Universidade de Maryland, nos USA, diz que houve pelo menos cinco episódios em que Portugal não pagou osjuros aos seus credores intemacionais. Desde 2003 que Reinhart e o seu colega Kenneth Rogoff, da Universidade de Harvard, estudam quase um milénio de bancarrotas. Reinhart e Rogoff publicaram há um ano o livro «This Time Is Different, Desta vez é diferente», que conclui que a maioria das crises mais recentes podiam ter sido evitadas se os governentes soubessem interpretaros sinais económicos.

Carmen Reinhart publicou a informação estatística adicional sobre os vários países analisados, incluindo Portugal. O primeiro incumprimento de Portugal foi em 1550, quando se lutava (e gastava) pela expansão lusitana em nome de D. Sebastião. Os quatro episódios seguintes foram no século XIX:
  • 1828,
  • 1837 - 1841,
  • 1850 - 1856,
  • 1892 - 1901.
Nessa fase, a economia portuguesa sofria após as invasões napoleónicas, o controlo britânico e a independência do Brasil. Antes de o século chegara meio, as taxas de juro da dívida pública estavam perto dos valores actuais, entre 6 e 7 %.

Uma solução conduzida foi a venda de bens nacionais, no que ficou conhecido por «desamortização». «O projecto não tem outro fim senão cobrir o défice e amortizar a dívida pública», disse o ministro da Fazenda em 1835, de D. Maria II, José da Silva Carvalho, algo que ecoa no início da segunda década do século XXI na boca de FemandoTeixeira dos Santos, o actual ministro das Finanças». In Notícias Sábado, nº 265.

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Cortesia do Diário de Notícias/JDACT