quarta-feira, 28 de abril de 2010

Cidade de Estremoz: O FIAPE 2010 (28 de Abril a 2 de Maio)

«Entre 28 de Abril e 2 de Maio, o Parque de Feiras e Exposições recebe a XXIV edição da FIAPE, em paralelo com a realização da XXVIII edição da Feira de Artesanato de Estremoz. Ambos os certames constituem um dos principais eventos de promoção económica do Concelho de Estremoz e do Alentejo, tendo vindo, ao longo dos anos, a conquistar o seu espaço no calendário regional e nacional das feiras de actividades económicas.Este lugar de referência foi atingido tanto pela qualidade, como pela quantidade das exposições presentes e ainda pela excelência da diversificada oferta em termos de animação cultural e espectáculos. Com efeito, os milhares de visitantes que habitualmente nos honram com a sua presença, já sabem que aqui encontrarão uma série de produtos de qualidade, que correspondem àquilo que de melhor se produz na nossa região». In Câmara Municipal.
Lago do Gadanha
Cortesia CMEstremoz
 Estremoz é uma cidade portuguesa no Distrito de Évora, região Alentejo, subregião Alentejo Central, sendo um município subdividido em 13 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Sousel e Fronteira, a nordeste por Monforte, a sueste por Borba, a sul pelo Redondo e a oeste por Évora e por Arraiolos.
Estremoz é uma cidade conhecida internacionalmente pelas suas jazidas de mármore branco. A exploração do mármore de Estremoz tem uma origem muito antiga, como comprova o Templo romano de Évora, que contém mármore originário de Estremoz. Está também presente no altar-mor da Catedral de Évora.

Em 1336, a Rainha Santa Isabel, então com 65 anos, deslocou-se a Estremoz desde o convento franciscano em Coimbra, onde se tinha recolhido após a morte de D. Dinis, seu marido, de modo a evitar uma guerra entre o seu filho Afonso IV e o rei de Castela Afonso XI. Afonso IV declarou guerra a Afonso XI pelos maus tratos que este infligia à sua esposa D. Maria (filha do rei português). A Rainha Santa Isabel colocou-se entre os dois exércitos desavindos, e de novo evitou a guerra tal como tinha acontecido em 1323 na batalha de Alvalade, entre as tropas de D. Dinis e as de D. Afonso IV. Estremoz foi o local de falecimento do rei D. Pedro I, em 1367, no convento dos franciscanos.

Na crise de 1383-1385, foi uma das cidades conquistadas no Alentejo por João Mestre de Aviz e Nuno Álvares Pereira, logo a seguir ao início das hostilidades desta crise dado com o assassíno do Conde de Andeiro em Lisboa. Foi nas proximidades de Estremoz que se deu a primeira batalha entre as duas facções da crise, a batalha dos Atoleiros. Em 1659, foi em Estremoz que o exército português se reuniu às ordens de D. António Luís de Meneses, conde de Cantanhede, para socorrer Elvas, que se encontrava cercada por um exército espanhol, comandado por D. Luís de Haro. De ali partiram para derrotar os espanhóis na Batalha das Linhas de Elvas, tendo causado enormes baixas aos seus adversários.
Convento das Maltezas
O Centro Ciência Viva de Estremoz está instalado no antigo Convento das Maltezas e constitui-se num espaço de cariz museológico, integrante da rede de Centros Ciência Viva. Este espaço privilegia a interactividade entre os visitantes e a exposição permanente, a qual é dedicada ao planeta Terra e à sua evolução geológica. O projecto é uma parceria entre a Câmara Municipal de Estremoz, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a Universidade de Évora, a Direcção Regional de Educação do Alentejo e o Ciência Viva / Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.
Quem coordena as actividades quotidianas do Centro é o Laboratório de Investigação de Rochas Industriais e Ornamentais, uma unidade de investigação da Universidade de Évora, com sede no Pólo de Estremoz.
Inaugurado em Maio de 2005, o Centro está integrado na Rede de Museus do Concelho de Estremoz desde 2006, sendo um membro fundador da mesma.
Porta de Évora

Porta de S. António

Porta de Santa Catarina

Porta de Santarém

Porta dos Currais
«Não existem dados concretos acerca das origens do castelo de Estremoz. É de crer que a fortificação só tenha começado a ser erguida na viragem dinástica que impôs D. Afonso III no poder, o que lhe confere um estatuto de fortaleza-símbolo do novo quadro político saído da primeira guerra civil do jovem reino de Portugal. No tempo de D. Dinis, já o castelo deveria estar definido, sendo o projecto um dos mais importantes da altura, a ponto de a cerca ser defendida por 22 torres e a população intra-muros poder ser abastecida por cerca de 20 cisternas. A importância de Estremoz na primeira metade do século XIV é inquestionável, datando desse período um importante conjunto patrimonial que tem o castelo como denominador comum, mas que se estende a outras obras, como o Paço da Audiência ou secções consideráveis do paço real, hoje transformado em pousada. Na posse da rainha Santa Isabel, que aqui faleceu em 1336, Estremoz transformou-se num dos principais centros políticos do reino, acolhendo figuras importantes e sendo palco privilegiado da política régia durante todo o final da primeira dinastia. O castelo segue uma planta genericamente pentagonal, adaptada ao maciço rochoso em que se implanta. A secção principal localiza-se do lado Sul, onde avulta a imponente torre de menagem. De planta quadrangular, tem cerca de 27 metros de altura e deve ter sido concluída pela década de 70 do século XIV, quando D. Fernando procedeu às derradeiras obras no conjunto. Interiormente, organiza-se em três andares: o primeiro, escassamente iluminado, terá servido de prisão; o segundo corresponderá a uma sala de audiência real, onde se encontra o brasão nacional: é uma sala de planta octogonal, coberta por abóbada polinervada estrelada, assente sobre capitéis de decoração vegetalista plenamente naturalistas; o terceiro possui balcões de matacães que desempenham uma função exclusivamente militar. Finalmente, o terraço é protegido por ameias (a quase totalidade incorporada na torre aquando do restauro de 1940). Conhece-se um mestre que trabalhou neste projecto e que assinou, mesmo, uma chave de abóbada: ANTON, certamente o mesmo que consta dos Paços da Audiência de D. Dinis, estrutura arquitectónica anexa ao castelo, aberta por galilé de cinco tramos, cuja galeria foi inicialmente coberta por tecto de madeira, entretanto substituído pela actual abóbada de cruzaria de ogivas no reinado de D. Manuel I. Ao centro, um portal apontado, sobrepujado por moldura escultórica com as insígnias do rei D. Afonso IV (monarca que terá terminado o conjunto) permite o ingresso no salão de audiências, espaço de planta trapezoidal coberto por abóbada octogonal manuelina.
Do conjunto fortificado medieval faz ainda parte a cerca de tendência poligonal que terá sido iniciada em tempo do rei D. Afonso III. Esta era aberta por duas portas principais (a do Sol, também designada por Frandina, e a de Santarém, mais tarde conhecida como Porta de Santa Ana) que rasgavam o recinto fortificado de nascente a poente. Para além disso, existiam outros postigos e portas secundárias que permitiam uma constante mobilidade entre o interior e o exterior das muralhas. De todas elas, a que melhor se conserva é o Arco de Santarém, vão ogival protegido por alta torre quadrada e acompanhada por legenda epigráfica que testemunha o início da edificação, no reinado de D. Afonso III. Apesar desta aparente permeabilidade, o conjunto apresenta um notável sistema defensivo, enriquecido nos séculos finais da Idade Média com novos dispositivos e uma poderosa cisterna junto à actual capela da Rainha Santa. Nos séculos seguintes, a relevância de Estremoz no quadro militar do país acentuou-se, o que determinou o total amuralhamento da cidade durante as grandes obras de meados do século XVII, comandadas por João Pascásio Cosmander». In IPPAR
Alcáçova, Castelo

Porta da Frandina
http://www.cm-estremoz.pt/
Cortesia da CMEstremoz/JDACT