domingo, 20 de novembro de 2011

A Fortaleza de Montalvão. Alto Alentejo. «Uma importante povoação nos primeiros tempos da monarquia portuguesa. A necessidade de protecção deste sector da fronteira, aliada à pouco efectiva presença populacional, determinou que a localidade se instituísse como sede de um território vital para a sobrevivência da ordem cristã na região»


Montalvão
Cortesia de naturtejo e wikipedia

«À época da Reconquista cristã da península Ibérica, o castelo integrava a chamada “Linha do Tejo”. No entanto não foram identificadas informações acerca da evolução histórica e arquitectónica de sua estrutura. Em ruínas, visando a protecção da linha com Castela, este castelo foi reconstruído no reinado de D. Dinis (1279-1325), quando pertenceu à Ordem de Cristo.
Encontra-se figurado, sob o reinado de D. Manuel (1495-1521), por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509) como uma muralha, sem torres, na qual se rasgava uma porta. Este soberano outorgou-lhe Carta de Foral em 1512. Posteriormente, no século XVII, a sua porta foi reconstruída.

Chegaram aos nossos dias vestígios dos alicerces das muralhas, das torres e a cisterna. A praça de armas, abandonada, serviu como abrigo para o gado da população. No que resta da porta do antigo castelo, ergue-se uma torre para abastecimento de água que descaracteriza o conjunto». In Wikipedia.

Cortesia de guiadacidade

«Montalvão foi uma importante povoação do Alto Alentejo nos primeiros tempos da monarquia portuguesa. A necessidade de protecção deste sector da fronteira, aliada à pouco efectiva presença populacional, determinou que a localidade se instituísse como sede de um território vital para a sobrevivência da ordem cristã na região. Não admira, por isso, que tenha sido Comenda da Ordem de Cristo, instituição que terá estado na origem do castelo que genericamente chegou até nós. A sua construção tem sido apontada no reinado de D. Dinis, mas o monumento carece ainda de um estudo arqueológico mais vasto que permita extrair conclusões acerca das fases de ocupação por que passou.


jdact

A fortaleza baixo-medieval não terá sido uma obra de grande envergadura, na medida em que, nos inícios do século XVI, Duarte d'Armas desenhou-a como tendo apenas uma muralha, sem qualquer torre anexa, fazendo-se o acesso ao espaço intra-muros por porta única. Essa entrada foi reconstruída um século depois, por certamente apresentar grande ruína, adquirindo então a feição classicizante, de lintel recto entre pilastras que suportam uma arquitrave, que ainda hoje ostenta, e que contrasta com o aparelho miúdo e irregular com que a cerca que define o castelo foi executada». In IGESPAR, PAF.

Cortesia da Wikipedia e IGESPAR/JDACT