quarta-feira, 19 de maio de 2010

António Raposo Repenicado: Defensor incansável do engrandecimento desta linda terra e pugnador entusiasta da República

(1891-1973)
Cortesia de Cortesia de Diogo Salema Cordeiro
A Minha Rua Não Tem Nome...

António Vicente Raposo Repenicado nasceu em Castelo de Vide no dia 18 de Julho de 1891. O seu arreigado, mas saudável e actuante bairrismo e a dedicação à história local marcaram a sua personalidade e uma «razão bastante»  para ser incluído o seu nome numa das ruas da terra que lhe foi berço.

A Minha Rua Não Tem Nome...
Edição do autor, Novembro de 2000
Capa de Marta Figueiredo
Cortesia de Diogo Salema Cordeiro

Com a devida vénia a Diogo Salema Cordeiro publico algumas frases referentes a António Raposo Repenicado, páginas 19 a 21 do livro acima citado.
«Em Castelo de Vide participou intensa e interessadamente na política e na vida das suas instituições, bem como coligindo e estudando pacientemente, durante longos anos, dados históricos respeitantes à sua terra.
Publicou na imprensa regional muitos desses trabalhos, a par de outros de carácter geral, alguns dos quais editados depois em separatas, colaborando em quase todos os jornais editados em Castelo de Vide.
Em separata, como dissemos, deixou-nos os seguintes trabalhos:
  • «Relação de sucessos históricos, notícias e acontecimentos políticos, administrativos, sociais e outros da notável vila de Castelo de Vide»;
  • «Breve roteiro da notável vila de Castelo de Vide»;
  • «Da notável vila de Castelo de Vide - Apontamentos»;
  • «Castelo de Vide, nas letras e nas ciências».
É sob a direcção de António Vicente Raposo Repenicado e de Francisco Borges Tristão que em 14 de Julho de 1918 reaparece o periódico local «O Povo». Era a 2ª série. Intitulava-se «defensor incansável do engrandecimento desta linda terra e pugnador entusiasta da República». Foi responsável com Alexandre Cordeiro, em que era administrador e editor, pela publicação de «Terra Mãe», que teve muito curta vida.
Por deliberação camarária a 21 de Abril de 1944, é nomeado e integra uma comissão constituída pelo Dr. Possidónio Mateus Laranjo Coelho, Dr. Adolfo João Lahmeyer Bugalho e por ele próprio, encarregada do estudo do Selo e da Bandeira da Câmara Municipal. Da conclusão desse estudo, em 1 de Junho de 1945 inaugurava-se a Bandeira do Município.

Cortesia da CMCastelo de Vide
Quem percorra a hìstória de Castelo de Vide, durante o período em que ele viveu, encontrará a cada passo o nome de António Raposo Repenicado, sempre presente quando os interesses da comunidade o reclamavam. Profissionalmente' exerceu o cargo de Conservador do Registo Civil e em1959 também o de Conservador do Registo Predial.

Com 82 anos incompletos, no estado de viúvo, faleceu na sua casa na rua 5 de Outubro (Rua dos Escudeiros) em Castelo de Vide no dia l7 de Março de 1973».
A Minha Rua Não Tem Nome/JDACT