terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Pensamento e as Interpretações: Parte XX. «... A linguagem é tão velha quanto a consciência - a linguagem é a consciência real, prática, existente também para outros homens... Os ideais que me iluminavam e me encheram incessantemente de alegre coragem de viver foram sempre a bondade, a beleza e a verdade...»

Cortesia de istoepiaui

A Consciência é um Produto Social
«São os homens os produtores das suas representações, das suas ideias, etc.; mas os homens reais agentes, tais como são condicionados por um desenvolvimento determinado das suas forças produtivas e das relações que lhes correspondem. (...) A consciência não pode ser coisa diversa do ser consciente e o ser dos homens é o seu processo de vida real.
(...) Desde o início que pesa uma maldição sobre «o espírito», a de estar «manchado» por uma matéria que se apresenta aqui sob a forma de camadas de ar agitadas, de sons, de linguagem em suma. A linguagem é tão velha quanto a consciência - a linguagem é a consciência real, prática, existente também para outros homens, existente também igualmente para mim mesmo pela primeira vez, e, tal como a consciência, a linguagem só aparece com a necessidade, a necessidade de comunicação com os outros homens. (…) A consciência é portanto, desde início, um produto social, e assim sucederá enquanto existirem homens em geral». In Karl Marx.

Cortesia de mosaicosocial
Uma Vida Exterior Simples e Modesta Só Pode Fazer Bem
«Uma vida exterior simples e modesta só pode fazer bem, tanto ao corpo como ao espírito. Não creio de modo algum na liberdade do ser humano, no sentido filosófico. Cada um age não só sob pressão exterior como também de acordo com a sua necessidade interior. O pensamento de Schopenhauer: «O homem pode, na verdade, fazer o que quiser, mas não pode querer o que quer», impressionou-me vivamente desde a juventude e tem sido para mim um consolo constante e uma fonte inesgotável de tolerância. Esse conhecimento suaviza benéficamente o sentimento de responsabilidade levemente inibitório e faz com que não tomemos demasiado a sério, para nós e para os outros, uma concepção de vida que justifica de modo especial a existência do humor.
Do ponto de vista objectivo, pareceu-me sempre desprovido de senso querer-se indagar sobre o sentido ou a finalidade da própria existência ou da existência da criação. E, no entanto, cada homem tem certos ideais, que o orientam nos seus esforços e juízos. Neste sentido o bem-estar e a felicidade nunca me pareceram um fim em si (chamo a esta base ética o ideal da vara de porcos). Os ideais que me iluminavam e me encheram incessantemente de alegre coragem de viver foram sempre a bondade, a beleza e a verdade. Sem o sentimento de harmonia com aqueles que têm as mesmas convicções, sem a indagação daquilo que é objectivo e eternamente inatingível no campo da arte e da investigação científica, a vida ter-me-ia parecido vazia. Os fins banais do esforço humano: propriedade, êxito exterior e luxo pareceram-me desprezíveis desde jovem». In Albert Einstein.

Cortesia de O Citador/JDACT